sábado, 30 de abril de 2011

Não passou!

Quatro comprimidos depois e minha enxaqueca continua a toda!
Mereço!

Surpresas da Vida ou o Passado pertence ao Passado

Eu não me lembro nem vou ficar procurando se eu já comentei alguma vez que fui noiva, há dez anos atrás.
Sim, eu tinha um noivo. Ele era holandês. Nos conhecemos pela net, ele veio prá cá, namoramos, noivamos, nos viamos a cada 40 dias.
Aí que acabei conhecendo alguém, e terminei o noivado. Foi chato, foi traumático, minha familia parou de falar comigo, pois ninguém gostava do então atual namorado, e todo mundo amava o holandês, Jan-Henk.
Da última vez que nos falamos, ele era puro rancor, chorava e praguejava horrores, mas eu entendi e nunca tive raiva dele. Na verdade, eu tinha muita consciência que eu tinha sacaneado, porque eu o traí. Certa vez, durante uma apresentação do coral onde eu cantava, ele estava na igreja, na platéia, tirando fotos prá mim, e quando uma parte do grupo se recolhia prá sacristia para outros apresentarem algum solo, eu ficava lá aos beijos com o tal outro, que também cantava. Então, porra, eu sacaneei feio. Não precisava ter sido daquele jeito. Mas já foi.
Bom, o outro namoro durou 2 anos e 4 meses. Depois, conheci o pai do Filhote. Então, estava escrito que tudo tinha que acontecer daquele jeito.
Dados os acontecimentos da minha vida, o jeito como eu me fudi de verde e amarelo em muitas tentativas de relacionamento, uma vez, aos prantos, cheguei a falar que Deus estava me punindo por ter sacaneado o Henk. Besteira, eu sei, mas a gente é imperfeito.
Bom, o fato é que nunca mais ouvi falar do Henk. Então, em 2004 minha mãe - que adorava o cara e sua familia - praticamente me obrigou a escrever pros pais dele, na Holanda. Eles contaram que ele estava no Peru, casado, e que ia ter uma filha. "Ótimo, pensei aliviada, ele está feliz."
Depois dessa época nunca mais soube nada.
Por uma curiosidade qualquer, natural, penso eu, procurei por ele algumas vezes na rede, nunca encontrando. Depois, deixei. O fato é que nem teria assunto prá conversar, prá ser sincera.
Uma série de fatores me levaram a terminar com o Henk. Muita coisa. Mas tinha uma em particular que me irritava muitíssimo: ele perdeu a virgindade comigo,aos 31 anos. Porra, cara, eu tinha 24 e sabia mais que ele. Sei lá, isso deixou-o deslumbrado demais, eu eu passei a ser o ar que ele respirava. Se ele chamasse no chat e dentro de 30 segundos eu não respondesse, era um caos! Se me telefonasse lá da putaquepariu da Holanda e eu estivesse em aula e não pudesse atender, quando nos falávamos faltava pouco o cara entrar pelo fio do telefone. Era dependente, me sufocava, mesmo de longe. Quando estava aqui, faltava pouco ir atrás de mim no banheiro, e me olhava com uma devoção perturbadora.
Pois eis que terça feira última, no mesmo dia em que recebi o telefonema da coleguinha bacana, abri meu msn e tinha um convite. Dele. Aceitei de boa, e ele estava online, chamou prá conversar.
Está lá, na Holanda. Voltou prá lá em 2004 mesmo, teve sua filha, Valentina, lá.
Disse que há anos vem reunindo coragem prá falar comigo. Que me achou diversas vezes, que via todas as minhas fotos no orkut (putz, eu sei que tá na rede vai ser visto, mas eu me senti muito incomodada sabendo que ele me 'vigiava' assim), mas que tinha medo de puxar conversa.
Contou um pouco de sua vida, mas eu não tinha tempo prá falar, tinha que sair prá buscar o Filhote na escola. Fiquei de falar depois. Só que, na correria do dia a dia, só pude voltar a ligar meu netbook ontem, por uns minutinhos, prá ver meus e-mails que se acumulavam.
Aí veio à luz o que eu disse lá em cima: assim que meu msn se abriu tinha uns 20 recados dele.
"Porque você não me escreve?" "Estou ansioso demais para te ver na webcam" "Você sempre será a mulher da minha vida, não esqueço nosso primeiro beijo", blábláblá.
E, claro, ele estava on.
Entrei de sola. Perguntei porque estava tão ansioso. Falei que trabalhava demais, que não tinha tanto tempo quanto antes. Falei que não gostava daquele tom de dependente dele. Que 10 anos depois, ele continuava o mesmo cara inseguro de sempre.
Porra, me perturba isso!
Daí veio com aquela: "me dá seu número, quero te ligar, ouvir sua voz". Não, putaquepariu! Você é um cara casado agora,tem uma família linda, uma esposa que te ama e morre de ciúmes (ele mandou um e-mail gigante contando muita coisa e fotos da filha e dele). Não, Henk, o passado pertence ao passado. Vamos deixá-lo lá. Serei sempre sua amiga, mas não.
Ele insistiu, pediu fotos. Não, Henk. Você lê sempre meu orkut, né? Lá tem foto prá caramba (embora eu nem entre mais lá há uns 4 meses). Ele que veja por lá, se quiser.
Eu não vou alimentar isso. Eu não sou a mulher incrível que ele pensa. Ele sabe disso e fica lá, me colocando em pedestal. Me irrita. Muita gente acha que nunca mais alguém vai me amar com essa força toda, mas nem sei se isso é amor.

Eu sou uma pessoa normal, cheia de defeitos, e eu não quero um homem que me veja como seu chão.



Desembucho!

Hahaha, Miloca! Vá lá:

Em agosto do ano passado eu fui transferida de unidade de saúde. Cheguei a comentar aqui. Vim prá um cu de mundo, um dos piores bairros do município. Fiquei puta da vida, mas fui trabalhar, pior seria ser desempregada.
Bom, lá na unidade eu não tinha os sábados prá trabalhar, o que me rendia um troco extra. Isso mexeu feio no orçamento, e eu me apertei nas contas.
Enfim... Trabalhando e confiando, como todo bom capixaba, fui levando minha vida. Pois eis que esta semana, na terça-feira, recebi um telefonema de uma colega. Ela tinha sido transferida para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) novinha em folha e ultra moderna. Ainda estão se assentando, e precisando de gente. Pois adivinhem quem a colega indicou para um cargo muito bom/importante??
Simmm!!! Vou sair do cu do mundo prá um lugar perto de casa, não vou precisar pegar "quatro condução, dois prá ir, dois prá voltar" todo santo dia, e vou ganhar uma comissão tão gordinha quanto eu!
Tá, prá uns pode parecer pouco, mas prá mim, é bom "dicomforça"
E mais ainda está para acontecer, mas não vou ficar falando antes porque dá azar...
Borboletinha, valeu pelo vibrar de asas!
Beijao procês!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Aconteceu!

Uma coisa boa. Viram, não disse?! Depois posto, que agora tô na correira.
Beijos!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Conspiração

"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor."


Essa frase é de Goethe. Conheço-a há anos e sempre me inspirou demais.
Pois acompanhem, vou contando aos poucos:
O Universo está conspirando a meu favor!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Continuando o caso...

Bom, eis que mandei e-mail malcriado prá todo mundo da pós. Diretor, coordenadora, todo mundo. E claro, prá querida professora também.
Hoje recebi um e-mail curioso. O diretor do curso escreveu uma resposta, defendendo a professora, falando que eu estava fora dos prazos, blábláblá
Saca só:

Está havendo algum problema de comunicação. Sua tarefa da profa. Débora não foi postada (1ª tarefa do Módulo II). Basta abrir o Moodle e você mesma poderá constatar que a tarefa não está lá. O feedback que a profa. Débora deu foi exatamente cobrando a tarefa e dando mais um prazo para postagem, iniciativa tomada por ela própria, já que, pelas normas do curso, isso não seria possível.
Se você enviou a tarefa diretamente para o e-mail da profa. Débora, até a data que ela estipulou, não haveria motivo para que ela não avaliasse. Por isso, estou passando esta mensagem com cópia para ela, com a solicitação de que avalie a tarefa, conforme ela propôs ou explique se está havendo alguma outra dificuldade.
Somente um detalhe: esse problema aconteceu no ano passado e já estamos quase em maio de 1911 (cara, sei lá de onde ele tirou essa data, mas tudo bem). Os problemas precisam ser encaminhados imediatamente após seu acontecimento, para que possamos equacioná-los em tempo hábil.
Loredana, depois de gastar bastante tempo para toda esta argumentação, verifiquei que sua nota está postada. Você obteve nota 7,0, que é uma excelente nota, uma vez que a profa. Débora estabeleceu nota máxima 8,0 para quem não havia postado a tarefa dentro do prazo.

Mas aí o figuraça me escreveu uma...

Ignorem tudo isso que escrevi. Deixei para mostrar o tempo que perdi inutilmente. A tarefa foi postada, foi avaliada e atribuída nota 7,0. Se foi reenviada para o e-mail particular da profa. Débora, não posso saber. Se ela reavaliou a tarefa, também, não tenho como saber. Acho que, a estas alturas, é melhor deixar como está. As notas são boas, a estudante está aprovada e não vale à pena gastar energia por tão pouco.



Paz, amor e felicidade para todos.

Sim!!! Ele me atacou, recuou e disse que era prá eu esquecer, deixar prá lá, coisa e tal!

Meu cu!!!

Deixo não, quero não, posso não, dileto professor. Na malcriação, chapei a resposta:

Caro professor,

Como eu mesma disse, não contestarei minha nota caso seja esse o peso da realização da tarefa. E me surpreende um educador como o senhor usar argumento tal como "a nota é boa, você está aprovada", pois é a primeira vez, em minha vida, que me deparo com um professor me dizendo que tenho que me contentar com a média. Sempre fui estimulada a querer mais!

Bom, enfim. Se a nota é esta, que seja. O que eu contesto, de fato, é levar a culpa por algo que não fiz. Não admito ser chamada de irresponsável ou relapsa. Mesmo com sua constatação de que eu enviei sim minha tarefa no prazo, gostaria muito de poder provar que estou correta. Já não me importa mais a nota. Me importa é que alguém errou, esse alguém não fui eu, mas a culpa foi depositada em mim! Eu não sou nem um pouco chegada a injustiças.

E se aguardei até agora para reclamar, foi porque quis esperar até o final do módulo na esperança que a professora pudesse estar atarefada demais, por isso minha nota poderia ter sido deixada para depois. Mas esta não foi a primeira vez que questiionei sobre minha nota. Não mesmo.

E gostaria também de conversar com o senhor, o mais breve possível, para que, justamente, meu orientador seja mudado. Não conseguirei mais trabalhar com a professora Débora. Esta será a única tarefa que farei fora do prazo, uma vez que o senhor já anunciou que o tempo para requisitar troca de orientadores expirou. Se o senhor mesmo quiser me orientar, para mim será uma honra. (na boa? ele é exigente ao extremo, ao ponto de ser chato, mas é referência no estado).

Espero muitíssimo poder contar com a sua compreensão.

Grata, Loredana.

P.S.: Sua esposa encontrou a loja de roupas em Jardim da Penha, com as batas coloridas? (é que o figura um dia me viu com uma bata beeeeem colorida, e comentou que sua esposa adorava roupas do estilo, daí, na boa vontade, dei o nome da loja aqui no bairro).

Tá, me chamem de exagerada, digam que minha TPM está descompensada, dane-se. Eu vou espernear até cansar e provar por A+B (embora A+B não prove nada, rsrs) que eu estou certa.

E tenho dito!

domingo, 24 de abril de 2011

Seguindo o Projeto!!

Futucando a net em busca de recitinhas, olha onde fui parar: blog de Julie Powell, que escreveu o livro que inspirou o filme Projeto Julie&Julia.
Tô seguindo.

sábado, 23 de abril de 2011

Rio

Fui hoje com Filhote e Mamis ver o filme.
Olha, gente eu não sou crítica de cinema, mas vou falar: eu achei tudo muito fofucho. Meu filho se acabou de rir, bateu palmas, eu ri, fiquei puta com o contrabando dos animais, com o fato de um menino de 10 anos roubar aves prá vender porque não tem familia, não tem grana, não tem casa, não tem porra nenhuma. É um sacode colorido, sabe?
Não é questão de patriotismo, afinal a gente só se orgulha de ser brasileiro quando tem copa do mundo. É quando a gente pendura bandeira na janela, anda de verde e amarelo prá cima e prá baixo.
É questão de ver como a gente pode ajudar. Não justifico crime nenhum de ninguém, mas sabemos que muitas vezes é tudo motivado pela necessidade extrema. É uma lástima.
Mas, enfim... É muito legal. É diversão! Desenho animado. Gostoso ouvir a trilha sonora tipicamente brasileira, ouvir o toque do samba e da bossa, ver o Brasil sendo retratado no cinema, mesmo que em desenho.
Claro que elementos clássicos, como as favelas, os "bichos-safos", o bailes (de samba e menos de funk, thanks God!), polícia pouco eficiente, os sotaques...
Claro que no final a norte-americana meio que fica de heroína (o que seria do cinema mundial se eles não salvassem sempre o mundo do fim catastrófico, não é mesmo?), mas ainda assim, eu gostei.
Recomendo. Com ou sem as crianças.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta feira Santa...

Pois é... E o meu dia, de santo, teve muito pouco.
Na verdade, no começo da tarde já passei raiva com uma gaiata que vive se metendo na vida dos outros. Já comentei dela aqui, quando ela falou que meu filho tinha que emagrecer prá não ser alvo de perseguições no futuro e eu respondi que ela é que tinha que educar os filhos dela prá saber conviver com as diferenças.
Daí hoje o 'pé no saco' da mulher se meteu na minha conversa com uma amiga de infância minha, quando conversávamos sobre levar as crianças no cinema prá ver "Rio". Eu falando com Thaiz que o Filhote queria ver em 3D, ela se mete nomeio prá falar que é caro, que ela não leva os filhos só porque eles querem, que os filhos dela tem que se adequar e saber que nem tudo que se pede se ganha. Do nada, juro! Daí, eu que sou a personificação do Shrek, mandei na lata:

- Olha eu posso pagar pelo cinema mais caro. Eu e meu filho vivemos uma luta diária, crio ele so-zi-nha em termos financeiros, o que torna tudo muito mais difícil.  E se eu tenho prá gastar comigo, tenho pra gastar com ele também. Não vai me deixar mais pobre. Mimado é que meu filho não é mesmo. Então, se ele me faz um pedido simples como este, eu atendo. Porque ninguém sabe da nossa luta diária, ninguém vivencia nosso dia-a-dia, então eu não confiro a seu ninguém o direito de meter o nariz na nossa vida. Quem faz isso comigo só consegue uma coisa: perder uma ótima chance de ficar calado. Opinião prá mim interessa quando eu peço, e se eu não perguntei nada, dispenso. Pelo mesmo motivo, se não me perguntam nada, eu fico completamente na minha.

Bom, a pessoa humana se calou e correu prá salvar a filhinha dela de "ter a coluna esmagada por algum garoto que pudesse tropeçar nela".

Ah, me dá licença??

Daí que agora há pouco abro meu email e tem um recado da minha professora orientadora do tcc da pós. Usamos a plataforma moodle no curso, e as tarefas são enviadas por ela. Tem sempre um prazo de vinte dias por encontro, onde sempre são dadas 3 tarefas. Pois eu postei minha tarefa dentro do prazo, 31/12, inclusive recebendo um feedback da professora. Depois que acaba o prazo, o moodle não caeita mais o envio, a janela do recurso se fecha. logo, se eu recebi feedback de tutor, é porque minha tarefa foi enviada no prazo, certo???
O módulo já acabou, e ate ontem eu não tinha recebido nota nenhuma. Porra, mandei 500 emails durante 3 meses, e a professora, esta semana, pediu que eu enviasse de novo minha tarefa pro email dela. Fiz isto e ela teve a capacidade de responder falando que eu tinha mandado a tarefa fora do prazo e minha nota seria somente 7,5. No painel de notas, no entanto, constava apenas 7,0!
Mandei a resposta mais malcriada que pude, dizendo que aceito minha nota reduzida pela qualidade do trabalho, mas não porque atrasei prazo. NUNCA descumpri nenhum prazo!

Como diria Atitude: não mandei no prazo? meu cu, minha senhora!

Deixei bem claro que depois do feriado quero um encontro o mais breve possível, levarei as provas de que fiz tudo certinho e exigirei outro orientador. Não conseguirei trabalhar com alguém em quem não confio.

Bom, ainda bem que o dia tá no fim...

terça-feira, 19 de abril de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Doente

Peguei gastroenterite. Brava. Aguda. Passei uma noite de rainha, da cama pro trono e do trono prá cama. Desidratei. Tô passando uma dor do cacete, o fiofó tá arregaçado.
Tomei soro um tempão na unidade de saúde, tomei um monte de remédio. Antibióticos, anti-emético, analgésico, soro de reidrataçao oral.
Se é praga ou se é azar, eu não sei. Só sei que estou afastada do serviço por 3 dias, prá repousr. E tenho repousado, porque estou mega fraca. O lado bom é que findo o atestado, vem feriado. Emenda tudo e a gente descansa.
Eita vida...

sábado, 16 de abril de 2011

Bom dia!



Prá quem trocou o calorzinho da cama numa manhã chuvosa de sábado prá estar na pós-graduação...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Reza

Ontem fui à reza. Casa São Francisco de Assis. É impressionante como a gente sai leve depois. Levei passe, deixei prá trás uma carga enorme que pesava os ombros. Precisava desse banho de fé e renovação de energia. Mesmo.
Fui com minha mãe e Filhote. Todos juntos, prá família - ou uma fração dela - receber muita bênção, muito descarrego.
Não posso mais ignorar a necessidade de me dedicar um pouco mais à espiritualidade. Já passou da hora, e minha tão profetizada prosperidade depende também disto.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Hahaha

No facebook, a pérola de Marco Luque (CQC):

"Hoje é o dia do beijo. A gente tem que sair por aí dando beijos... Ainda bem que não inventaram o dia do toba..."

O meu luto pessoal e a resposta perfeita

Ontem, de madrugada, eu no msn, cumprimentei um amigo. Gentil, ele perguntou como eu estava. Bem, e esta foi a resposta que ele também me deu quando perguntei o mesmo. Então ele me veio com aquela pergunta... E os amores, como vão?
Sei lá por qual razão, eu desatei num choro. Compulsivo, convulsivo, choro de verdade. Choro em soluços, sufocante.
Pedi um milhão de desculpas. Ele, recém arranjado num namoro lindo, não tinha que ouvir ler aquilo. Resmungos de uma solteirona frustrada. Ofereceu aquele ombro que os amigos sempre oferecem, mesmo à distância, e me comovi muito com o gesto.

Colhi a rosa negra aqui

Falei que me sentia vazia. Falei que estava de luto. Porque em alguma etapa do meu caminho tenho a impressão que aquela Lô, aquela pessoa agradável, bonita, leve e feliz morreu. E eu fico aqui, chorando um falecimento que não ocorreu.
É só uma fase, me disse ele. Amargurada, eu respondi: isso não é fase, é uma praga de 7 anos.
Mas depois considerei: bom, se a praga é de 7 anos, eles terminam em 2011. E aí um lampejo de bom senso me ajudou na recomposição. Que foi ajudada pelo comentário mais senstao que ouvi nos últimos anos.

Lô, a vida é feita de ciclos, não nos cabe medir o tamanho deles. Só esperar passar.

Prá você, Junião, que ontem aguentou a minha rabugice, o meu abraço, o meu carinho, o meu beijo estalado na bochecha fofa.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O frio da alma desnuda

Achei este livro na cabeceira da minha mãe e resolvi ler. Pareceu bom. Primeiro lugar na lista de mais vendidos do New York Times, diz a capa.
De fato, o livro não é ruim. Tem um mesmo padrão de outras leituras, mas eu não estou aqui prá fazer crítica de livros, não sou tão boa nisso.
Prá entender o que logo nas primeiras páginas de leitura, relato brevemente a história: um médico solitário se casa com uma mulher fascinante. Ela engravida logo no comecinho do casamento, e entra em trabalho de parto durante uma nevasca em março de 64. O marido a leva para sua clínica e ali, mesmo sendo ortopedista, faz o parto. Sua esposa dá à luz um menino e, para sua surpresa, também uma menina, que ele logo diagnostica com síndrome de Down. Ele então pede à enfermeira que o auxiliou, Caroline, que leve a criança para uma instituição para os então chamados mongolóides; para poupar a esposa de sofrer com uma filha doente, ele diz que a menina morreu no parto.
Bom, cheguei no ponto. O livro conta a história de todas as personagens, mesmo que sem muito se aprofundar. E ele narra a vida da enfermeira Caroline. Uma mulher sonhadora, determinada, que esperava viver uma vida de aventuras exercendo sua nobre profissão na China, na Birmânia ou no Laos.
Porém um trecho do livro me fez parar a leitura, que iniciei à beira do mar, e era vez ou outra interrompida prá eu dar uma olhadela no Filhote, que brincava contente às margens do oceano.
Ei-lo:
"(...) Apenas um dia comum, nenhuma indicação do contrário. Final de outono, a estação dos resfriados, e a sala de espera apinhada de gente, repleta de espirros e tosses abafadas. A própria Caroline sentia um vago arranhar no fundo da garganta ao chamar o paciente seguinte. um senhor idoso cujo resfriado viria a se agravar nas semanas posteriores, transformando-se na pneumonia que acabaria por matá-lo. Rupert Dean. Estava sentado na poltrona de couro, lutando com um sangramento nasal, e se levantou devagar, enfiando no bolso o lenço de tecido com seus pontos vívidos de sangue. Ao chegar ao balcão da recepção, entregou a Caroline uma fotografia numa moldura de papelão azul-marinho. Um retrato em preto e branco, levemente colorizado. A mulher retratada usava um suéter claro, cor de pêssego. Tinha ondas suaves no cabelo e olhos de um tom azul-escuro. Emelda, a mulher de Rupert Dean, já então falecida fazia 20 anos.
- Ela foi o amor da mnha vida - anunciou ele a Caroline, falando tão alto que as pessoas levantaram os olhos.
A porta externa do consultório se abriu, fazendo chacoalhar a porta interna de vidro.
- Ela é um encanto - disse Caroline. Tinha as mãos trêmulas. Por se comover com o amor e a tristeza do homem e porque ninguém jamais a amara com a mesma paixão. Por estar com quase 30 anos e saber que, se morresse no dia seguinte, não haveria ninguém para chorar sua ausência como Rupert Dean ainda chorava a da mulher, passados mais de 20 anos. Com toda certeza, ela, Caroline Lorraine Gill, devia ser tão única e tão digna de amor quanto a mulher da fotografia do ancião, mas nunca havia descoberto um modo de revelar isso, nem pela arte nem pelo amor, e nem mesmo pela bela e altiva vocação de seu trabalho."

Pausa.

*****

Existem ausências que nem os mais queridos me suprem. Nem que me colocou no mundo, nem quem eu coloquei no mundo. A leitura me revirou o fundinho da alma, e mais, me surpreendeu com uma sentença que eu mesma sempre proferi. Eu também sou digna de ter esse tanto que outras pessoas tem. Mas eu não faço idéia de como mostrar isso, de como convencer quem quer que seja. Às vezes temo não conseguir me convencer.

*****

Minhas pérolas estão soltas no dia-a-dia. Sempre observo algo aqui, ali. Alguém sempre fala alguma coisa rara o suficiente prá eu ter vontade de comentar. A história, mesmo que fictícia, de Caroline, me fez abrir a minha concha. Hoje me despi da minha morada de madrepérola e cálcio, linda porém dura.
E fez frio.

domingo, 10 de abril de 2011

Também estou de luto. Podia ter sido o Filhote. Podia ter sido do meu lado. Podia ter sido na minha época de escola.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Barbárie

Todo mundo vai comentar à exaustão essa loucura que aconteceu no Rio. Eu estou às lágrimas, fiquei chocada, fiquei preocupada com meu filho, briguei com minha mãe por ela tê-lo mandado à escola hoje.
Mas não é isso que quero falar. Quero só fazer uma pergunta:
Governador, o senhor não sabe mesmo de onde saíram essas armas? O senhor não sabe mesmo como e onde esse louco aprendeu a atirar?
Adoraria ter respostas...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

É ou não é?

Celso Russomano tá inflamado porque roubaram a mansão dele. Já protestou, foi prá tv reclamar melhores salários prá polícia, melhores investimentos dos impostos, colocou todo mundo prá trabalhar na investigação, de tanto reclamar. Os larápios deviam roubar mais deputados...

*****
 
Eu sou muito fã do Celso. Me lembro que era adolescente quando o vi trabalhar nesses programas 'mundo cão' armando barraco prá defender consumidor lesado. Achava um barato, porque eu já tinha noção de tanta coisa errada, via e nem imaginava que era possível brigar pelos meus direitos. Aprendi muito a brigar com ele.
Certa vez, num programa que contava a história de vida dele, passaram um vídeo que ele mesmo fez na ocasião da morte da primeira esposa dele, por erro médico. Ele sacou que tinha muita coisa errada, tinha a idéia na cabeça, tinha a câmera na mão, registrou tudo. Lembro dos gritos dele quando um médico falou: 'sua esposa tá morta, pára de fazer escândalo', ou algo do gênero. Lembro dos arrepios que senti, achei a cena fortíssima.
Sensacionalista ou não, o trabalho dele ajudou a levantar a autoestima do povo, especialmente os de classes mais baixas, e mostrou-lhes que ele tinam os mesmos direitos de qualquer pessoa, que não tinha isso de não atender, de não vender, não trocar, etc.
Mas, claro, veio a carreira política... Bom deputado ou não, eu sei que o Celso andou sumido um tempo. E eu sei também que eu nunca o vi na TV esbravejando tanto por a polícia não ter condições boas de trabalho, de não ter bons salários, de os impostos não serem usados prá mehoria da segurança pública...
Bom, o roubo serviu prá isso. Agora o Celso tem uma causa prá lá de boa prá defender. A polícia  se esmerou, já encontraram um receptador com algumas jóias, pratarias e outros objetos de valor. Ganharam um defensor. A população tem alguém prá brigar por melhores investimentos da verba pública.
Celso ganhou, a polícia ganhou, a população ganhou, os ladrões ganharam...
Então, estando bom para todas as partes...
É ou não é?

terça-feira, 5 de abril de 2011


 Eu estou cansada.



Eu estou cansada de um monte de coisas.
Estou cansada pacas de trabalhar, de lutar contra uma epidemia de conjuntivite e dengue, que suga minhas horas de trabalho que deveriam ser dedicadas a projetos interessantíssimos. De ser comparada dia e noite, de não ser reconhecida, de ter meu espaço profissional invadido o tempo todo.

Estou cansada de voltar prá casa e, embora minha mãe faça quase tudo em casa, estou cansada de ter que fazer compras, de ter que sair prá pagar as contas, de ter que arrumar a cama ao sair, ao deitar, de não deixar a bagunça tomar conta do pedaço.


Meu coração também está cansado. Das saudades, dos devaneios, do vazio que se impõe como se eu não tivesse o direito de reinvindicar solução para esta condição.

Estou cansada de ver tv. De não achar nada edificante nela, cansada de me bitolar com o que se repete. Televisão é um troço tão cíclico que me enjoa.


Estou cansada de espremer meu salário todo mês e não conseguir fazê-lo render. Porra, prá que é que se trabalha tanto?


Tô cansada de fazer dieta. De ter que emagrecer, por causa de uma bendita intolerância à glicose que resolveu se instalar no meu organismo. De ter que calcular tudo o que como. De ter que fazer uma droga de um exercício que eu não gosto.

Sabe o que eu queria mesmo? Era que um tsunami de acontecimentos invadisse a minha vida, virasse tudo do avesso, mudasse tudo.

Ah, hoje eu tô um saco. Culpa da cefaléia, essa cretina!

domingo, 3 de abril de 2011

Amor à Distância

  Hoje assisti ao filme, com Drew, que é uma gracinha e com o fofíssimo do Justin Long. Aliás, adoro o sorriso dele.
Momento mulherzinha: a cena em que ele resolve fazer um bronzeamento artificial nu - ai que eu adoro um homem magrinho, mas definidinho, ui, uma delícia! - e a cena em que ele termina com ela por achar que não daria certo. A lágrima silenciosa me comoveu, por ter sido lindo e porque homem chorando me derrete. Ainda mais daquele jeito.

Mas sabe o quê? A coisa toda do filme me transportou a uma época da minha vida que eu nem remexo mais, e também nem sei dizer o porque.Me lembrou o quanto eu gosto de coisas longíquas.
Tenho amigos de longe. E são sempre os melhores. Não engato amizade fácil com ninguém, mas é especialmente curioso como me dou bem com quem é de longe. Fiz amizades quando fui a São Paulo há quase dois anos que nunca perderam força. Tem gente que conhço há mais tempo, mora na mnha rua, e eu mal sorrio de manhã...

Também tive amores de longe. O primeiro, o que mais me amou, ficava na Holanda. Vinha da terra dos moinhos a cada 40 dias - e olha que no filme eles se viam a cada 3 meses - prá me ver. Mas eu, num momento que descrevo em outra pescaria, não o quis.
O segundo, de Vitória, veio a mim quando eu deixava a cidade prá trabalhar, recém-formada. A distância era pequena, cerca de 180km, mas me matava. Foi o pivô do fim do primeiro relacionamento. Eu lutei muito prá manter o lance, e foram dois anos e quatro meses de uma história cujo gosto e perfumes nunca me abandonaram.
O terceiro... Ah, o terceiro é anterior aos outros! Porque está fora de ordem então?
Porque o terceiro não existiu no mesmo molde dos outros dois. O terceiro está lá. Ele não aconteceu, ele não acontece. Ele simplesmente existe. Ele não tem a saudade gostosa  e diferente dos Países Baixos, nem o romantismo do outro.
O terceiro tem minha admiração, tem um carinho permanente. Ele transcendeu os limites da minha paixão escorpiana e vermelha, ele me tem aqui; ele me mantém de lá.
É a (não)relação mais incômoda e confortante que tenho notícia.
Escrevi num blog da Borboletinha, sobre um post "Amo-te": essa é a nossa sentença. Amo-te é nosso. É como me expresso, como consigo falar que meu tesão fica sob controle, porque tanto faz se posso ou não sentir o frescor da pele dele. Eu sei qual é o toque dela, sei do gosto, do cheiro.
É assim que falo que adoro seu jeito, suas idéias, seu comportamento e seus pontos de vista. É como eu explico que me delicio com nossas semelhanças.
E tudo isso à distância...
As personalidades são incrivelmente parecidas. Eu sou a impulsiva Erin, desbocada, beberrona, carinhosa, ansiosa. Ele é como Garret, pé no chão, ponderado, mas que não deixa de curtir a vida.
Mas no meu filme as distâncias, que nem são tão grandes, não são encurtadas. Porque não se trata de semelhanças. Não se trata do fogo instantâneo quando do encontro.
Se trata de sintonia. E eu e o distante terceiro amor operamos em frequencias completamente diferentes.

Sem problemas. Ora, vejam, sem problemas! Sim, porque eu gosto de curtir a expectativa de um novo encontro. Eu curto saber notícias e imaginar isso ou aquilo. Eu me satisfaço com o que usualmente chamaria de muito pouco.
Está bom assim!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pérolas Soltas

Meu irmão bateu com o carro da família anteontem. Graças a Deus, o prejuízo foi só material.

Bom, ontem tive que fazer compras prá casa, e usei o sistema de entregas do supermercado pela primeira vez.

Vejam bem: o serviço custa R$5,98. O que se espera dele, ao se pagar uma grana boa prá se levar uma compra a um endereço que fica cerca de 300 metros de distância do estabelecimento?

Se for tempo curto de entrega, podem esquecer. Fiz a compra às 16h, e ela só chegou às 20:30h;

Se for cuidado com os produtos pelos quais você pagou caro, desistam. Os itens resfriados/congelados não foram mantidos sob refrigeração, e chegaram pingando água lá em casa.

Olha, meu sangue ferveu. Telefonei, reclamei e exigi que tudo fosse trocado. Queriam que eu esperasse até hoje de manhã!

Ah, me poupe! Recuso-me a fazer parte da cultura do deixa prá lá. Briguei, exigi e esperei até 22:20h, mas tive tudo trocadinho. É muito desaforo!

Ontem  no jornal uma frase da Zélia Cardoso de Melo, dizendo que brasileiro é bonzinho e tem memória curta, pois ninguém a hostiliza quando se lembra do confisco fdp que ela inventou de fazer, deixando muita gente sem um tostão furado e cometendo até suicídio.

Pois é! Nós somos bonzinhos. Somos desmemoriados. Somos conformados.

Ah, comigo não! Eu acordo às 4:45h da manhã todo santo dia prá poder ir trabalhar, num pentelho do cu do mundo – eu nunca escondi que não morro de amores por lá – recebo ameaças de agressão física, e sou agredida verbalmente todo dia. Claro que os superiores nunca reconhecem o esforço, o salário está prá lá de defasado, e eu tenho que “deixar prá lá”? Não deixo não! O gerente do mercado ficou tão maluco comigo que por fim falou que “nem que fosse no carro dele” ele trocava a mercadoria. Até pensei em agradecer depois, pensei que ele tinha sido muito solícito, mas quer saber? Me atender muito bem, fazer sua parte e me dar o que eu paguei caro prá ter não é competência. É cumprimento da sua obrigação.

Eu não aceito não! Não mais!