Eu ando meio advogada do diabo. Cara, tem umas coisas que me irritam.
Vejam bem: há uns 8 dias, duas amgas foram atropeladas na Av. Fernando Ferrari, uma das principais da cidade, em frente à UFES. Morreram na hora. O motorista foi preso, pagou fiança de R$2.000,00 e foi liberado para responder ao processo em liberdade.
Ok. Tudo bem que quando é com a gente, a coisa pode até ser diferente, mas vejamos os fatos: meu irmão estava lá e viu o atropelamento. As meninas atravessaram a avenida correndo, de mãos dadas, com o sinal aberto para os carros. Elas estavam saindo de uma festa noa universidade. Eu já cansei de ir a estas festas. E já atravessei muitas vezes a avenida correndo. Na maioria das vezes, alta com as cervejas. Tá que o cara tava correndo demais, e elas estavam na faixa de pedestres. Tá que ele assumiu o risco de matar ao dirigir tão rápido numa avenida mega movimentada. Mas porra, elas assumiram o risco de serem atropeladas, tá? Desculpem as famílias, mas a gente também tem culpa, porque putaquepariu, quando a gente é novo acha que nada vai acontecer, e sair correndo mutcho loco depois de um rock é o que a gente acha de mais normal.
Agora o infeliz teve uma fiança arbritada em R$52.000,00!!!! Sim, porque a sociedade tava cobrando, os estudantes parando o trânsito com protestos. Há uns dois anos atrás um vagabundo, voltando de Guarapari, trêbado a ponto de sequer lembrar o próprio nome, bateu com uma caminhonete de frente com um Uno. Um cabelereiro perdeu a esposa e dois filhos, um deles bebê. O que aconteceu com o playboy?? Porra nenhuma! Aquela família vinha na dela, voltando de um passeio de fim-de-semana, daí um à toa mata quase todo mundo, mas cadê a fiança estratosférica dele?
Ano passado um filhinho de papai se irritou com a fila do drive trhu do McDonald's e meteu o carro na vidraça do salão de festas da loja. Tinha gente lá! O SAMU chegou, reconheceu como sendo filho de um doutor, carregou o rapaz dali mais que depressa, e ficou por isso mesmo.
Daí um morto da fome tem que pagar o que não tem porque duas maluquetes resolveram se jogar na frente do carro enquanto todo mundo esperava na calaçada o sinal fechar...
Olha, eu sou a favor da punição, mas usar o pobre de bode expiatório, prá mim, é muita injustiça.
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Não bastasse, abri hoje o jornal, leio a notícia: um grupo de uma tal Instituição Educafro fez protesto em frente à Bienal, durante à SPFW, exigindo que se cumprisse a orientação do Ministério de se manter cota de 10% de modelos negros e descendentes de índios nos desfiles.
PUTAQUEPARIU!!! Agora tem isso também? Vamos aos fatos:
Primeiro: orientação não é lei, nem determinação. Então, segue quem quer;
Segundo: vira modelo quem tem perfil. Eu não tenho 1,80 e 50kg. Daqui a pouco, vão exigir que as agências contratem negros e índios, levando jeito ou não prá coisa (olha que eu me enfio nessa, o troço dá dinheiro!);
Terceiro: suponhamos que um estilista desenha uma coleção toda em preto. É a cor dele, da moda que ele vai lançar. Que destaque isso vai ter numa pele nigérrima? Cara, moda tem muito a ver com contrastes, com impacto visual. E prá quem quiser levantar bandeira pro meu lado, nem vem que não tem: sou filha de um negro, e namoro um crioulão no mais puro estilo "negão de tirar o chapéu".
Minha implicância aqui é com a total falta de senso.
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Já perceberam, né?
Sim, estou na TPM.
Ai, amiga, tanta coisa neste post que eu só vou comentar uma delas: sim, a juventude tem o irrefletido sabor da imortalidade. E faz merda. E dói em todo mundo.
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