quarta-feira, 31 de março de 2010

Fim do show

Engatando na linha do HTP, resolvi por um ponto final no espetáculo do Professor, que revelo aqui, chama-se Marcelo (Namolito da Mila, olha só, você tem um xará-mala!).
Desde meu último post sobre a criatura eu não tinha mais falado com ele. Lembro que Marcelo da Mila até me recomendou eliminar o contato do palhaço do msn. Mas eu, paciente, apenas dei-lhe um fora e deixei prá lá. Pois é, eis que no domingo a peça rara me encontra no msn e puxa o mesmo assunto de sempre. Eu, na paciência, respondi o mesmo de sempre: quando você quiser algo sério comigo, me procura. Deixo claro, amigos, que no fundo nem quero nada com o sujeito, mas cansei de ser chamada prá sexo puramente. Como diria Roberta (HTP), não quero ser o FGTS de ninguém. Aí é que me vem a resposta no formato de uma pérola vagabunda, daquelas que descascam: "não namoro com quem tem filho".
Mas hein?!?! Aí eu subi nas minhas tamancas. Vá à puta-que-te-pariu ô moleque! Desde quando mulheres que são mães não são boas companhias? O cara não tinha resposta, claro, só disse que era uma "coisa da minha cabeça". Daí meu lado favela aflorou e eu deixei de lado a classe que mantive durante mais de um ano, quando da nossa última transa, em que ele simplesmente falhou. Sim, brochou, desanimou, não descabelou o palhaço porque não conseguiu. Falei que isso provavelmente tinha acontecido por causa da cabeça de feijão dele. Ele quis insinuar que eu era culpada, mas a essa altura nenhuma resposta conseguiria reparar o desconcerto em que o rapaz se enfiou.
Eu jamais jogaria isso na cara de ninguém. E nunca o fiz. Mas dessa vez o Professor me encheu tanto a paciência que estourei, porque não tenho sangue de barata não.
Rasguei o verbo, escrevi feito louca naquele msn, fiz discurso. Curiosamente o sujeito ficou pianinho, disse que só me procurava porque eu era uma mulher inesquecível, informação que eu já tenho (hellooooo!). Não foi grosseiro, não me respondeu rudemente, mas começou a fazer declarações que envergonhariam meu ídolo da breguice, Reginaldo Rossi, que aliás, é um homem extremamente inteligente, delicado e refinado.
Daí cortei a corda e o pano desceu com tudo: contato bloqueado, excluído e o caramba a quatro.

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Isso aconteceu no domingo, e naquela mesma noite, por conta da bendita TPM, acordei de madrugada, depois de um sono instável, como me ocorre todo mês. Daí liguei a tv e coloquei no HBO. Adivinha que filme tava passando?? "A Letra Escarlate". Tava no começo, e eu revi o filme todinho.
Teve uma época da minha vida em que me identifiquei muito com a história. Sim, porque morei no interior, na época em que tive Filhote, e o pai dele não era nenhuma flor que se cheirasse - fato que eu desconhecia na época em que começamos a namorar, porque eu raramente saia por lá, ou conversava com as pessoas, afinal estava lá prá trabalhar, nada mais. Lembro das pessoas apontando, cochichando no supermercado "é ela, a enfermeira que engravidou do fulano". Lembro quando ia à igreja e na missa as distintas senhoras comentavam o que é que eu estava fazendo lá, ensaiando o coral para a cantata de Natal. De quando, depois de um certo tempo, um rapaz se interessou por mim e o irmão dele mandou um recado por uma amiga médica: "fala prá ela esquecer, porque ela não é mulher pro meu irmão".
As pessoas não queriam que eu fosse amiga de suas filhas, que falasse com seus filhos, essas coisas. Quem ficou "do meu lado" foram alguns amigos que fiz depois, alguns gays (eles são incríveis) que sabiam o que era ser discriminado em uma cidade de 20 mil habitantes (o bairro em que moro hoje, onde nasci, tem 45 mil!), umas divorciadas, as colegas de profissão e de trabalho.
Como Hester Prynne do filme, sofri um bocado, mas não me abati. No dia em que fui embora da cidade, de volta a Vitória, pedi a minha mãe que parasse o carro na estrada, na saída da cidade. Tirei as havaianas dos pés, coloquei prá fora da janela e bati as solas. Nem a poeira de lá eu trouxe comigo. Isso faz 2 anos e dois meses. Ainda falo com os amigos que deixei lá, mas nunca mais voltei. E não sei se um dia o farei.

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É claro que a fala do Professor me remeteu a toda essa história. Ridículo essa de mulher separada/mãe solteira não serve prá nada a não ser servir sexualmente um homem. É idiota essa coisa hipócrita que os caras têm. Pode namorar, se casar com uma mulher velha de guerra, experiente, mas não podem levar a sério alguém que tem filhos. É como o cão que cheira o poste antes de urinar: tem o cheiro, a marca de outro cão, então esse eu não quero. Relacionam-se com quem quer que seja que não carregue uma herança de outro homem que seja visível. Sim, porque alguns são tão primitivos que adotam, prá esse tipo de situação, o velho dito "o que os olhos não vêem, o coração (ou qualquer outra parte anatômica) não sente".
Embora tenha sido algo que ocorreu com uma pessoa nada digna de crédito, e embora eu não queira generalizar, devo falar: isso é mais comum do que se pensa. É uma pena.

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Que ninguém me censure pela mega exposição. Sei lá o que isso vai me acarretar, se vão me condenar, se vão me crucificar, se alguém vai me achar menos legal ou interessante. Já falei. Pronto. Já liguei o f*da-se. E estou muito bem, obrigada.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Zen...

Acho que já disse isso aqui uma vez... Tô Zen. Zen saco prá nada, zen paciência prá escrever, também ando zen grana (o que não me leva ao nirvana de forma alguma).  Blog parado por um tempo. Até porque eu tenho qu resolver umas coisas aqui na minha cachola.

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Em breve, vocês saberão do novo projeto. Acompanharão todo o desenvolvimento da coisa, passo a passo.  Até!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Lembrança

Hoje no carro ouvi "Big Girls don't Cry", da Fergie. Adoro essa música!

Lembra quando te escrevi a primeira frase dela ao ir embora?

"The smell of your skin lingers on me now"

Curioso, há bem pouco tempo apaguei a resposta que você me mandou. Mas ainda mantenho a afirmação.

Quer dizer, você lembra, né?

Bjos e saudades

Barra

Minha irmã do meio está doente. Do que, não sei. O mais provável é que seja hérnia de disco. Só sei que a mana tá de cama, não consegue se locomover sozinha, perdeu aforça da perna direita e grita/chora de dor o tempo todo. Já são oito dias de sofrimeto. Amanhã vai prá internação. O pior é que os médicos não querem fazer cirurgia, mesmo que se confirme o diagnóstico. Dizem que é melhor ir tratando com paliativos e fazer fisioterapia.
Cara, sei lá. Do jeito que ela está, acho que se abrisse e resolvesse logo, melhor seria o resultado. Mas vamos esperar prá ver. Enquanto isso, morro de pena de vê-la precisando de ajuda até prá ir ao banheiro. Phoda.

TPM

De novo. então, se não for muito pertinente, Tente Perturbar Menos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Amanhã

"Amanhã é 23, são oito dias para o fim do mês..."

Cara, adoro Kid Abelha.

Hoje fiquei em casa, não fui trabalhar, prá ajudar minha irmã que está aqui conosco numa crise aguda de dor, provocada ou por nervo ciático inflamado ou por hérnia de disco.

Isso significa que amanha, ou outro dia da semana, tenhoque dobrar o plantão. Fazer o quê, né?

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Mudando de assunto, abri meu orkut ontem e nas atualizações dizia: 'Professor atualizou relacionamento'. Tá, confesso que não me aguentei e olhei. Status: 'namorando'. 'Rá', pensei, 'agora o palhaço me deixa em paz'. Nada, lembrei que um bom tempo que ele me assediou ele tinha uma namoradinha. Bom, ele que seja feliz prá lá, que eu vou correr atrás de me dar bem nessa vida também.

*****

Plagiando o Junião, nos seus já clássicos posts "Pipoca e guaraná", recomendo 'Julie&Julia'. Muito fofo. Sensível, amei o final, me identifiquei com Julie na mesma hora e me deu uma baita vontade de fazer como ela: colocar um propósito nessa vida e ir até o fim com ele. Terminar alguma coisa. Não sou muito de deixar as coisas pelo meio, mas ando sem energia prá grandes iniciativas. Quem sabe eu não encaro um projeto como o dela? Prá quem não sabe: ela era fã de uma culinarista, Julia Child, e se propôs a fazer em 365 dias 524 receitas do famoso livro de culinária francesa de Julia. E ia descrevendo as experiências num blog. Achei muito legal!
Ah, também devo dizer: desde que foi lançado o primeiro filme da saga Crepúculo, nunca tive interesse/curiosidade pelo filme, nem pelos livros. Pois não é que, num dia em que levei Filhote prá um lanchinho no circo do Ronald McDonald eu comprei ganhei o filme junto com um lanche. Pronto! Viciei no troço. Assisti o 'Crepúsculo', peguei emprestado de uma amiga um piratão 'Lua Nova', e não vejo a hora de ver mais. Achei gostosinho de ver.
Não, eu não quero virar vampiro. Sou animal de sangue quente. Quá!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Agradecimento

Nem agradeci a D. Mila pela lembrança lá de Sampa quando lembrei-lhe que falar 'vomitar' era muito pouco glamouroso e que 'descomer' era muito mais fashion...

Hahhahahahahaha!!! Sem palavras!!!

Sem Assunto

Bebendo a gelada de lei com Irmão assitindo 'A Lot Like Love' (De Repente é Amor) na Globo.

Bom demaisss!!!

segunda-feira, 15 de março de 2010

(In)Justiça

Há um tempo atrás aconteceu um crime horrível no estacionamento de um restaurante super badalado na Praia de Camburi. Uma médica foi assassinada quando entrava em seu carro, junto com seu marido. A primeira suspeita era de assalto. Mas não demorou muito prá que a polícia chegasse até o marido dela como principal suspeito.

Foi descoberto que ele tinha uma amante, uma enfermeira (!), e chegaram até o executor do crime. Todos foram presos e aguardaram julgamento nessa condição. Eis que o julgamento foi essa semana, começou na terça e terminou no domingo de madrugada. Todas as provas apontavam para o marido, e o atirador que foi preso com a arma do crime. Pois vejam só: só a amante foi condenada a 16 anos de cadeia! O marido e o executor foram absolvidos.

Pelos argumentos que a imprensa divulgou - os jurados não falaram nada, mas sabe como é repórter - o que mais pesou foi o fato de a moça ser a amante do cara. Tipo, ela seria culpada porque o marido da mulher só quis sua morte por ter outra.

A meu ver, é puro preconceito, machismo mesmo. Me lembrei do filme "A Letra Escarlate" (lindo, por sinal), com Demi Moore, em que uma mulher do século XVI ou XVII, tida como viúva engravidou do reverendo da cidade durante seu luto. Ela foi humihada, presa, pariu na masmorra, e foi julgada e condenada à forca depois que seu marido reapareceu. O final do filme é bem feliz, afinal, isso é Hollywood, mas vale observar a história.

É como culpar a mulher pelo estupro, afinal, quem manda ser gostosa?

A sociedade mostrou um tremendo despreparo prá julgar essa questão. E mostrou o quanto ainda tem que se despir de velhos conceitos pré formados. Cara, evolução é um processo lento, verdade, mas tem que ser desejada para acontecer de fato.

Que fique claro que eu não defendo a moça, ela era cúmplice, tem sua parcela de culpa, e deve pagar. Mas como o executor comprovado é inocentado?? E o marido então, que foi quem levou  a esposa até o local? Como eles são inocentes?

Ou eu tô muito doida ou o mundo não anda girando certo...

terça-feira, 9 de março de 2010

Saindo...

...da crise. Ontem tinha um arco-íris liiind no céu. Fiz festa com Filhote prá ele ver e repensei minha crise. Chorar foi bom prá cuspir e lavar a alma. Agora ergamos o cabeção.

Nessa onda, fui ao banco pagar umas contas e na volta passei no estúdio de tatuagem e fiz outra!!

"Delicious" atrás da orelha direita.

Um luxo!!!!

domingo, 7 de março de 2010

Em crise

Foi o que aconteceu anteontem e ontem. Hoje ainda tinha sobrado um pouco. Entrei sim em crise. Porque estou sozinha, e a solidão é cruel com a gente. Porque não estou conseguindo controlar minha vida, nem dar-lhe o rumo desejado. Porque sinto saudades de uma época mais independente, do meu canto, da minha privacidade que perdi quando voltei prá casa dos meus pais. Porque tem vezes que nada parece dar certo. Porque tem vezes que as coisas parecem avançar e depois estancam/recuam. Porque lembrei de um post do Junião em que ele se perguntava 'será que não sirvo prá relacionamentos longos?' e me perguntei se será que eu não sirvo prá nenhum relacionamento. Porque de novo o Professor me chama prá transar daí eu penso 'será que fiquei tão boa de cama que só sirvo prá isso?" Porque minha amiga Kathy ligou chamando prá sair com ela e o namorado dela. Porque eu nunca tenho companhia. Porque às vezes as pessoas convidam prá sair por pena ou não chamam porque estou sozinha.

Porque não consigo fazer um cacete de uma dieta prá perder o cacete do peso extra, daí minha coluna não me aguenta. Daí nem eu me aguento, nem aguento a imagem no espelho.

Porque às vezes dá vontade de pegar o telefone, ligar prá um certo desligadão que vive a quilômetros de mim e gritar no ouvido dele o que eu sinto há quase uma década. E o pamonha bem percebe, mas faz vista grossa. Idiota. Te adoro, mas você é um panaca.

Porque não consigo me corrigir os erros passados devido à enoooorme quantidade de gente se metendo nos meus negócios. Gente, me deixa!

Tá, foram horas de um choro incontrolável. Olhos inchados, soluços altos. Irmão chamou prá sair, fui ao bar tomar coquetéis doces e tentar rir um pouco. Ia tudo bem até uma porra-louca duma loira falsa tropeçar na minha mesa e derramar tudo em mim. Fiquei fedeno a cerveja e coquetel. Levantei possessa e fui embora sem pagar a conta. O Gerente entendeu, depois passo lá.

Retornei prá casa de cabeça baixa. Mais choro. Tomei banho essa manhã e escovei o cabelo, prá ficar bem bonitão. Em frente ao espelho do banheiro, secador-turbina na mão. Chorando.

Chove em Vitória. Armei um piquenique na sala de casa, com toalha xadrez vermelhinha, prá Filhote se animar. Ri bastante das mímicas dele. Ri até chorar. Passou a chuva, fui levar Filhote prá pedalar na praça.

Daí passou. Daí  não chorei mais. Daí que eu acho que quando tudo tá muito ruim é porque tá perto de melhorar. Daí que eu vou continuar vivendo porque não tenho muita opção, mesmo muito cansada de lutar contra algo que parece maior que eu. Daí que vou botar meu joelho no chão e rezar, porque uma das poucas certezas dessa vida é a existência de DEUS.

Daí que eu penso que de algum jeito, mesmo que demore, vai dar certo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

E como diria Murphy...

Como o Arquiteto ficou de ligar hoje, lá vai a bonita caprichar naqueles cuidadinhos básicos femininos, que sempre são tomados, mas sabe como é, encontro à vista.... A pele está uma seda, os cabelos brilhantes - diga-se de passagem, a Dona aqui tem uma cabeleira preta linda, e não sou modesta, me perdoem - o vestido bonitão separado, o scarpin altíssimo tirado da gaveta.

Daí o Arquiteto não liga (autodemolição no meu conceito, senhor profissional).

E como diria Mr. Murphy, se eu não tivesse feito nada...

Ai-ai, pérola sem valor!

Chove chuva...

A capital capixaba amanheceu de baixo de chuva. A noite inteirinha choveu prá valer. Eu acordei supercedo - 5 da matina - prá ir trabalhar - droga, minhas pequenas férias se encerraram numa quinta, então hoje tinha que ir, né? - e logo de cara não conseguia chegar à praia prá pegar meu ônibus. Tá, tomei um táxi, fui até o ponto de ônibus e peguei minha arca ônibus às 6:15h. Chegando na BR 101 o trânsito tava todo parado. Foram 50 minutos presa dentro do ônibus. O alagamento era tanto que nem mesmo as carretas passavam. Quando finalmente cheguei ao terminal intermunicipal, de vez me ligam minha chefe e a outra enfermeira que trabalha comigo, avisando prá não ir trabalhar. Putz, agora já era! Então resolvi voltar prá casa, e cheguei às 10:30h! Ou seja, foram 4 horas dentro de ônibus não indo a lugar nenhum! Aguento isso?

Na TV pessoas davam entrevista reclamando do escoamento da água na cidade, mas, na boa? Vitória é uma ilha (linda, devo dizer), por mais que se façam obras, a água não tem muito prá onde escoar não, minha gente! Ainda acho que, prá situaçãoda cidade, a gente enche pouco.

O fogo é que eu ainda tinha pensado em não ir hoje e dobrar o plantão na segunda prá compensar. Devia ter ficado dormindo abraçadinha com Filhote...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Adivinha quem ligou há pouco?

Sim, o Arquiteto!

Último dia de férias

Daí ontem saí com Irmão, e ele me fez o excelentíssimo favor de ir embra 30 minutos depois que eu cheguei. E ainda esqueceu o guarda chuva, um urubuzão enoooorrrmeee na mesa. Vim andando putadavida e resolvi desviar o caminho e ir prá sinuca. Sim, eu saio sozinha, não acho feio nem nada. Sentei numa mesinha lá fora prá tomar pelo menos mais uma geladinha antes de ir embora e uns caras pediram prá usar as cadeiras, pois estavam fumando, tinham que ficar lá fora e não tinha mais mesa. "Senta aê, gente". Claro, o papo acabou fluindo, sobre assuntos variados, fiz dois novos amigos e de quebra ganhei uns beijinhos depois da carona do Arquiteto dos olhos verdes com nome alemão.

Hahahahaha, viva la vida, baby!

terça-feira, 2 de março de 2010

O retorno à boemia

Segunda à noite, de férias... Consegui convencer minha amiga a ir comigo assistir o show de chorinho de nosso amigo Mogrelo. Amiga é fogo, chegou com cara de cansada mas rapidinho botou fogo na coisa. Falamos do projeto do 'Fino da Fossa', sobre cantar músicas antigas, quando a fossa era algo poético. Seria um retorno e tanto, faz tempo que não canto, desde o coral, já tem uns 9 anos, cara!

Daí que chego primeiro que Amiga, porque moro pertinho do bar. E ao invés de pedir uma cerveja prá aumentar o rombo do meu já quebrado jejum, pedi uma margarita. Ixi que o troço me deu um calor da moléstia, que precisei me abanar. Daí quando Amiga chegou, Lolô era só sorriso! Eita vida!

Mogrelo se formou em Música pela UFMG. É fera em cordas, especialista em violão sete cordas. Toca um chorinho como ninguém. E nos intervalos, ia prá nossa mesa tomar um vinho, queimar seu cigarrinho tranquilo e falar besteiras. Crescemos na mesma rua, e junto com ele e Amiga dei meus primeiros passos na arte, fazendo teatro na escola de artes FAFI. Ali ele e Amiga já chegaram com bagagem, eram alunos da Escola de Música do ES, ele de violão e ela de canto lírico. Curtimos muito. Bando de adolescentes cheios de sonhos. Alguns acabaram virando realidade. Mogrelo é figura fácil e tarimbada no cenário musical capixaba, Amiga é conhecida em alguns redutos boêmios pela voz aguda. Dona Lô é aquela que aparece de vez em quando prá equilibrar o som de Amiga, porque Dona Lô tem vozeirão grave, tipo Ana Carolina. Daí a gente faz o som e se diverte.

Meu irmão chegou depois, já debaixo de um dilúvio, prá se juntar a nós. Aí a coisa virou festa mesmo, porque Irmão é animadão.

Fomos embora às 2 da matina, brigando com o taxista que queria cobrar o dobro do valor da corrida só por causa da chuva. Mas como eu não ia mesmo deixá-lo estragar minha noite, saltei do carro e falei que ia esperar a Arca de Noé passar. Fui embora debaixo de um chuvão que Deus mandou, pé na poça d'água, guarda chuva coloridão da 25 de Março e cantando "Meu coração, não sei porque..."

Prá quem quiser ver, tem fotinhas no orkut!