Amanhã volto a trabalhar depois de uns dias de férias e outros de licença prá cuidar do pai. Até sinto falta do serviço, mas vou ser honesta: não queria ter que voltar lá prá aquela unidade. Não gosto de lá. Fico infeliz.
Vou continuar tentando sair de lá.
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Falando sobre trabalho, eu vou ter que arrumar outro emprego, prá ajudar no orçamento em casa e não deixar o meu virar uma bagunça ainda maior do que já está. Mas aí é que tá: eu estava pensando em fazer algo completamente diferente do que faço. Só prá variar. Fazer o diferente. Mas é só uma idéia. Vamos ver o que me aparece.
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Estou fazendo uma pós-graduação que a prefeitura está pagando. Beleza! Mas é tudo no tal do Moodle, e eu achei aquilo com cara de facebook tupiniquim criado por algum nerd num quintal. Detestei mexer naquela coisa. Mas tá bom.
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Vou voltar a bordar, na medida do possível. É incrível como faz falta a gente fazer o que gosta. Tenho sentido muita falta de fazer o que me dá prazer. E estou com vontade de fazer um monte de outras coisas. Quero fazer outra tattoo, quero fazer aulas de dança (salsa, prá ser mais específica), quero viajar (isso vai demorar). Sei lá, apesar de as coisas estarem assim, meio pesadas pro meu lado, tô com um ânimo danado. Pode ser só fé, pode ser hormônio desregulado, pode ser um monte de coisas. Mas eu não quero nem saber: vou aproveitar a boa maré.
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Acabou de passar no jornal local: o Protocolo de Manchester - uma classificação de risco criada na Inglaterra - vai ser implantado em todos os PA's de Vitória e Serra. Eu já estou sendo capacitada prá aplicá-lo, quando for determinado, na unidade de saúde. Daí o CRM já mandou recado dizendo que a classificação não pode ser feita por enfermeiros.
Primeiro: É ridículo, porque temos capacidade prá reconhecer uma urgência/emergência quando vemos uma.
Segundo: A lei que regulamenta o exercício da Enfermagem não passa pelo crivo do CFM, então estão metendo o bedelho onde não foram chamados
Terceiro: O Protocolo foi criado principalmente por enfermeiros. Helloooo: a Enfermagem inglesa é a melhor do mundo, né?
Quarto: Se eles forem fazer classificação, vai ser um tumulto danado. Oras, que paciente vai aceitar sentar na frente do médico, responder meia dúzia de perguntas e ouvir do médico que ele tem que procurar a unidade de saúde porque o caso dele não é urgente? Vai logo falar: "se você é médico, porque não me atende?" Dá prá perceber? Se o médico faz classificação, vira consulta. Eles querem desafogar os PA's, reduzir a sobrecarga sobre eles mesmos, e dão um tiro no pé desses?
Eles estão procurando cabelo em ovo. Pois eu acabei de ouvir a reportagem e pensei: "ok, se eles forem embaçar, eu cruzo meus braços e sento no meu camarote prá ver o circo pegar fogo".
Quer saber? Eu não brigo mais. Classificação é coisa seríssima. É muta responsabillidade, qualquer erro pode encaminhar o paciente por uma via incorreta. E é claro que a gente não vai receber nenhum centavo a mais por assumir mais essa responsabilidade. Se quiserem que a Enfermagem não assuma, sei lá, acabo nem falando. Só registrei aqui o que eu penso sobre o nariz sendo metido onde não foi chamado.
Que bom que tá tudo melhor! E nem compre a briga do protocolo, é mais sarna pra você se coçar! :)
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