Filhote tem uma amiguinha de sala com síndrome de Down, filha de uma colega minha do bairro. É uma menininha fofíssima, de olhos de um azul escuro encantadores.
Só que ela toca o terror na sala. É a criança que bate, que morde, que quebra os brinquedos, apesar do tamanho pequeno prá idade.
Daí que ontem, na volta da escola, encontramos com ela e a avó na nossa rua. Conversamos, eu ganhei abracinho, uma fofura. Quando subíamos a escada, meu filho comentou:
- Mãe, a Isa bate. Agora eu sei o que é especial, que você falou que ela é. Quer dizer que ela bate.
Putz! Uma vez eu tentando explicar a ele o porque do comportamento dela, falei que ela era uma criança especial. Só que ele não entende como eu digo que a Isa é especial, e ele também é. Difícil...
Respondi:
- Filho, não é bem assim! Ela bate porque a cabecinha dela é de criancinha pequena, mas ela gosta de vocês todos.
- Mas ela é criança igual a gente, mãe!
Aiaiai, me meti numa...
- Ô meu filho, você reparou o rostinho dela? É diferente, por isso ela é especial... Puxa vida, confesso, não sabia o que falar, fui tentando. Mas você tem que amá-la do mesmo jeito que você ama os outros coleguinhas.
- Mãe, claro que o rosto dela é diferente! Todo mundo é diferente! Ninguém é igual a ninguém, né? Dããã!!!
Me calei e abri a porta, porque, honestamente, o pirralho de 6 anos me deixou sem palavras...
Taí que o mundo ia ser outro se a gente não crescesse, née?
ResponderExcluirÔôôô...
ResponderExcluir