Desde anteontem minha vidinha pacata vem sendo agitada por gente desocupada.
Seguinte: quando comecei a namorar com Benzinho, ele mesmo me avisou que tinha uma ex-namorada com quem trabalhava. Tá, até aí, prá mim não é problema. Se ele tá muito bem resolvido em relação ao caso, se tá encerrado, então tudo bem. Só que ele me avisou que era possível que eu enfrentasse problemas, pois a dita nunca aceitou o fim do relacionamento - tá, não a culpo, o negão é de abrir o apetite e por a mesa.
Até anteontem tava tudo calmo. Eu e Benzinho não andamos nada bem, a coisa vai de mal a pior, apesar de meus esforços. Mas tava calmo.
Eis que às 12:27h meu celular toca. Uma pessoa com voz amigável, perguntando como eu estava. Até pensei que fosse uma das colegas, já que tinha recebidos outras ligações mais cedo. De repente, a pessoa começou a vociferar, tipo, dava prá sentir os perdigotos dos gritos do ser humano (?) na orelha. "Se afasta do meu namorado, ou quando você voltar da sua licença eu não te deixo sair viva do primeiro dia de trabalho".
Perguntei quem tava falando, ela respondeu que eu sabia muito bem quem era. Desliguei na cara, que não tenho que ficar escutando louco berrando no meu ouvido. Fiquei branca feito papel, porra, me recuperando de cirurgia. Senti muita dor, me deite e esperei minha pressão arterial, que devia estar muito alterada, normalizar.
Daí tomei uma decisão. Liguei para Benzinho e falei com ele que sequer me cumprimentasse no serviço. Que chega. Que acabou e que eu não quero gente me ameaçando.
Logo vão falar: "você não devia ter terminado, abrir mão assim é o que ela quer". Só que:
1) A coisa já não vai bem entre a gente. Não saimos mais, ele vive atolado de plantões no PS e no SAMU, e ele sequer veio me ver depois da cirurgia;
2) Eu nunca tive jeito prá términos. Podem me achar covarde, mas isso funcionou como gatilho, acabou ajudando;
3) Eu sou persistente pacas. Mas eu não vou ficar dando murro em ponta de faca e enfrentando um clone da Glenn Close alucinada por alguém que não valha muito a pena. Benzinho pode ser tudo de bom, mas não vale o risco. Não pela forma como tem levado as coisas.
Não bastasse isso, agora tem uma louca enviando torpedos às 23h (claro, respeito é o que menos importa) prá me infernizar, falando que sou motivo de chacota no serviço, que é uma namorada em cada hospital, que sou corna, bábláblá. Como a agenda do repouso tem meu número caso precisem de mim, virou festa.
Segundo ele, isso é coisa do povo fofoqueiro amigo da dita cuja, que gosta de por lenha da fogueira. Ah, me poupe! Eu sou uma Enfermeira, responsável pela coordenação de um setor inteiro, vou ficar tendo meu nome em tititi de nivel médio? Na nossa área isso é muita baixaria, eu não vou ficar me submetendo.
Prá completar, na contramão de tudo isso, tem o Jornalista. Um perfeito gentleman que conheci há uns 20 dias, num momento de super necessidade de companhia. Enquanto ninguém veio me visitar, ele cruzou meia cidade prá comprar meus bombons de cereja em pleno feriado, me liga em todos os turnos do dia e se importa muuuuuito. Ficou fazendo carinho na minha barriga quinta na festa da minha amiga, me dando as coisas na mão... Sei lá se rende, mas vejam: não vou me privar de boa companhia prá bater cabeça com o que claramente não funciona. Vou me permitir viver o que há de bom.
Benzinho tem ligado porque os torpedos inconvenientes estão chegando prá ele também. Tá puto, quer saber quem é. Nem faço tanta questão, mas tudo bem. Concordo que estamos sendo vítimas de uns desocupados, se ele quer resolver por ele mesmo, tá. Mas não vai alterar minha decisão.
Nossa, esse povo não tem o que fazer mesmo!
ResponderExcluiré preciso saber perder, minha gente... E na boa, Lô, não se estressa com isso não. Ignora que é melhor!
Gostei do Jornalista. E que saco gente desocupada (passei por uns infernos assim, é um tédio)
ResponderExcluirAi, Lô... operada e, ao invés de carinho, tá tendo dor de cabeça... pelamor de deus! Benzinho tem que se posicionar, rapá! Tem que dar um chega pra lá na louca.
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