quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Não tenho postado nada. Não é falta de assunto, é cansaço mesmo.

Anteontem o meu filho perdeu um irmão por parte de pai. Antônio Augusto morreu afogado, aos 9 aninhos, quando pescava com o tio em um rio de águas calmas, na cidade onde morava, Pancas (180km ao norte de Vitória). Ele caiu na água quando tentou atravessar o rio, num sumidouro causado pela retirada de areia para construções. Muito, muito triste. Eu e mãe dele, Enara, nos dávamos superbem, e ela era mega carinhosa com meu filho. O pai dos dois não vale nem a bosta de caga, nós duas sabíamos disso e nunca tivemos problemas.

Alguém vai falar que é exagero meu, mas me senti culpada, porque meu filho é muito sozinho, e eu deixei que ele perdesse um irmão sem o conhecer. Reconheço que eu podia ter feito diferente.

E eu fico de coração apertadinho, porque a gente sempre acha que adulto vai morrer antes, que vamos morrer antes que os filhos. Essa não é a ordem natural das coisas.

E minha vida hoje gira em torno do meu filho. E se eu perco, ele, o que me resta? Nessas horas não tem estudo que te console, sabe?

Foda, muito foda.

Um comentário:

  1. Caramba, meus olhos encheram-se de lágrimas agora! Que morte mais agoniante, trágica. Espero que a mãe da criança encontre uma luz para a sua dor, que encontre um conforto! Tão novinho o menino... ai, quanta covardia!

    Fica bem, Lô!
    Um beijo.

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abriram a concha: