Rretrospectiva 2009

Esse ano me trouxe uma coleção de pérolas, umas valiosas, outras nem tanto. Mas como boa discípula de Dona Mila-Pollyana, acabo por achar é graça de tudo. Revendo:

1. Cresci no trabalho, ganhei credibilidade e me firmei como chefe da Enfermagem da Policlínica de Serra Dourada;
2. Melhorei como mãe, mas ainda tá longe de ser o ideal. Fico na média, com o necessário prá passar de ano e tentar melhorar;
3. Aumentei meus ganhos mensais. Prá 2010 fica a tentativa de uma melhor administração;
4. Conheci São Paulo, cidade que sonhava visitar havia anos. Nem tudo corre como se espera, mas avalio como um passeio delicioso. Pretendo voltar;
5. Ainda lá na Terra da Garoa, fiz amizades lindas: Pedro, André, Débora, Gonçalo, Jordan, Fernanda, Natália. Fiz amizades prá vida toda: Milla, meu bem, você não se livra de mim nunca mais! Rsrsrsrs;
6. CRIEI UM BLOG!!!!!! Quem diria, justo eu, tão desplugada! Tô longe de ser 'a blogueira', mas curto prá chuchu;
7. O lance com Cachinhos rendeu coisas boas: olha só como ainda chamo a atenção! Up na autoestima, diversãozinha gostosa na companhia do gatinho que as amigas invejaram durante o churras do trabalho. O encerramento pode não ter sido bom, mas nem todo 'the end' agrada a gente. Tô tranquila.

Que me venham 2010 alegrias. Um Ano Nota 10 prá todos!!!

 Até lá!!!

Aos que passam

FELIZ NATAL!!! Celebrem a vida, renovem sua fé, sintam como é bom comemorar o nascimento d'Aquele que veio em nome do Pai!

TPM

TPM= Mastalgia (vulgo dor filhadaputa nos peitos), cefaléia (vulgo dor de cabeça dos infernos), cólica (é cólica mesmo), edema de membros inferiores (entenda-se inchaço nos tornozelos igual a um mocotó), mau-humor (vulgo azedume), carência (leia-se moça precisada...) e por aí vai... Justo no fim do ano!

Tô Prá Morder

Fim de ano é época preferida das pessoas prá fazer faxinas, tipo limpar gavetas, armários, essas coisas. Eu fiz isso hoje meio que forçada, porque resolvi reformar o quarto, trocar os móveis, e o que era prá ser feito em janeiro teve que ser feito agora. Revirando tanta coisa, encontrei diários da época de adolescente, falando das 'paixões eternas', dos conflitos, os dramas adolescentes. Como metade dos móveis vai ser retirada e substituída por um móvel só, mais funcional, tudo tinha que ser eliminado. Comecei a rasgar página por página, fotos antigas, bilhetes das amigas, recadinhos que eram trocados escondido prá professora não pegar. Cartas de pessoas que nem vejo mais.Cartões de Natal, velhas promessas... Coisas de 10, 15 anos atrás. Virou tudo um monte de lixo, uma sacola pesadona. Minha irmã ficou abismada como eu conseguia me desfazer daquilo tudo, eram lembranças da minha vida. Querida mana: lembranças de uma vida inteira eu carrego comigo, no meu coração, na minha memória. Material antigo não tem validade prá nada, porque se eu tiver Alzheimer um dia, não vai nem adiantar olhar aquilo tudo. Uma fonte de memórias é mais do que suficiente. E eu adorei rasgar aquela papelada toda! Limpeza mesmo. Só ficaram as pérolas que já tinha guardadas, poucas e valiosas. Revigorante!

Sobre a noite passada...

... Antes só do que mal acompanhada.

HTP 2

Hoje, num lapso do Italo, deu prá dar uma entradinha na net aqui em casa. Assim que conectei meu msn, alguém me puxou conversa. Era o Professor, um garoto que conheço há um tempão, alguns anos mais novo (cara, a virose é brava) e com quem saí de novo há uns meses atrás. Na época eu o chamava de garoto mesmo. Hoje o bonito é professor de Ed. Física, dá aula pros meus primos, coisa e tal. Tá, o bonito há alguns meses me procurou. Saímos algumas vezes, chegamos aos finalmentes em umas poucas, até que o lindo sumiu. Belo dia abro meu orkut e as atualizações mostram: ele postou um moooonte de fotos dele e da namorada! Putaquepariu! Por isso tinha sumido, arrumou namorada. Tudo bem, deixei prá lá.

No meu aniversário a peça rara entrou no msn prá me convidar prá sair porque queria me dar 'uma noite especial de presente'. Ri dele e mandei pastar. Nunca mais nos falamos.

Voltando ao diálogo-pérola de hoje, vai vendo aê:

- Oi

- Oi Professor, tudo bem?

- Tudo. Olha só, quando é que a gente vai sair de novo? (a cara é dura)

- Quando você não tiver namorada e quiser ir ao cinema comigo ao invés de ir pro motel!

- Mas eu tô solteiro agora, juro! Terminei. Claro, termina e lembra da pamonha que ficou se questionando por onde andava o desportista.

- Sei...

- Verdade! Vamos hoje?

- Onde?

- Onde você quiser, quero muito te ver.

- Não posso. E não quero.

- Ah, mas eu vou fazer você querer, você vai ver. Queria pelo menos que a autoconfiança da figura fosse contagiosa, daria um up na minha...rsrsrsrs

- Quem sabe, né? Quando você quiser me levar a sério, a gente conversa.

- Mas só posso sair hoje, Lô, porque viajo amanhã pro Rio.

- Boa viagem. Nao esqueça de me trazer um 'Cristo Redentor' que muda de cor com a temperatura ambiente (acho que nunca vou ver algo tão besta quanto aquilo na minha vida, sorry Mila!). Tenho que ir agora levar o filhote prá brincar. Tchau.

Já pendurei a arruda no pc também!

Uns 30 segundos depois meu celular toca. Número desconhecido (tenho uma raiva disso). Era o Vascaíno. Chamou prá sair amanhã. Engraçado é que há 10 anos atrás eu não tinha grana nem pro ônibus da facul direito, ele me pegava em casa prá gente sair. Hoje falei que era prá falar onde queria ir que eu o encontrava lá. Noooossaaaa!!! Mas o rapaz virou advogado, quanto argumento! Prá quê sair em dois carros, eu lembro bem onde você mora. Oras, prá você não ter trabalho prá me trazer depois. Além disso, eu posso ir até você, prá quê você se deslocar até aqui? Gente, impressionante como o tal do homem não gosta que a gente se vire. Fiz de propósito mesmo. E o bonito se desdobrou prá me convencer. Tá, depois de me divertir com os argumentos dele, acabei por ceder, confirmei o endereço, brinquei que ele tinha memória de elefante, depois de dez anos ainda lembrar onde eu morava, e recebi a jóia: "claro, o que vale à pena a gente não esquece". Já tenho os acessórios certos prá usar amanhã! E não são biju! Quáquáquá!!!!!

Querido diário...

Ando em falta com meu querido diário virtual. Desculpe!! Com Italo de férias em casa, sobra pouco tempo prá mim. Só quando ele dorme, mas aí eu também estou morta de cansada. Bom, resumidamente, vou atualizar:

1) Quinta passada teve show de reabertura da Estação Porto. É um dos armazéns do porto de Vitória, totalmente restaurado, usado como espaço cultural. Na beira do mar, uma delícia. Show da Roberta Sá (adooooorooo). Pouco antes de o show começar, Cachinhos me ligou. Prometi que passaria lá na sinuca depois do show, e assim o fiz. Começo do fim. Prá começar, brigou porque dei uma golada na cerveja dele. Me emputeci, comprei uma garrafa e tomei a danada so-zi-nha. Depois pediu prá ir ao Abertura, comer kieber. Beleza, os dois sem grana, conversei com o gerente amigo, amanhã ele recebe e paga. Eu já não aguentava mais beber, fiquei na água. O bar nem é tão caro, a desgramada da conta ficou em R$55,05!!!

Vamos nós prá casa dele, amasso básico no sofá. Eis a pérola: Ele levou 5 minutinhos prá se satisfazer, levantou-se, vestiu sua fofa cuequinha samba-canção com coelhinhos da playboy e foi navegar na net. Me levantei putadavida, tomei banho, desci prá ir embora e a peça vem atrás: "vou fumar um cigarro lá com você". Cara, na boa, diário? Não segurei. Reclamei, falei que eu tinha ficado a ver navios, não gostei de ele ter se levantado, não gostei de não ter se preocupado com o meu prazer. Mais uma pérola: ele falou que o problema tá comigo e que eu deveria arrumar um namorado prá me bajular, porque ele não tava afim de namoro mesmo. E que ele não tinha obrigação nenhuma de ficar me 'paparicando' sem estar com vontade. E corou o espetáculo dizendo 'vai prá casa e me liga quando você estiver menos bravinha". Alguém ligou?? Aquela noite deu prá fazer um colar de pérolas. Negras.

P.S.: E a conta ficou foi prá mim.

2) Sexta-feira de manhã o Vascaíno do Banco me ligou. Falou que no fim-de-semana ia viajar, mas que me ligaria durante essa semana prá gente 'fazer algo legal, porque estou super afim de te ver'. Te ligou, querido diário? Prá mim, ainda não. Mas tudo bem.

3) No sábado deixei minha irmã na oficina tentando resolver o conserto do carango dela e rumei prá casa do meu avô. Num cruzamento, eu estando na preferencial, me vem uma loira falsa desgovernada e me entra porta do carona adentro. Estrago feio, porta empenada, sem trancar, sem fechar, eu emputecida da vida. Agora estamos sem carro até amanhã.

4) Ora vejam... Acabei não acompanhando 'Cinquentinha', mas não me aguentei quando Marília Gabriela se amassava com o amiguinho do netinho dela, de 18 aninhos... O nome do personagem? Eduardo. Chupa essa manga, Dona Mila!!!

Cadê a banheira de sal grosso? Bem se diz que quando a coisa não tem mais prá onde piorar, é porque a melhora tá chegando. Então vambora viver, né?

Coruja

Hoje foi feriado na Serra, município onde trabalho. Levei o filhotão pro shopping prá tirar fotinha com Papai Noel, que ele adora mas já me pergunta se é de verdade. Acabei dentro de um estúdio tirando altíssimas fotos dele. Apaixonante! Posto aqui depois prá todo mundo ver a pérola deliciosa que a conchona aqui produziu!

Agora cá estou eu, tomando uma gelada que sobrou da festa do Mengão, esperando acordada prá ver 'Cinquentinha". Sei lá, quero ver a Marília Gabriela representando ela mesma... Rsrsrs.

Ai-ai...

Estou eu ontem na fila do caixa eletrônico do BB do meu bairro prá fazer um saque quando me lembrei que também tinha que fazer um depósito de um cheque que meu pai pediu. Olhei prá trás, meio que sem ver quem estava lá e falei pro cara:

- Me dá só um segundinho, só vou pegar um envelope no balcão.

 O sujeito concordou com a cabeça e eu agradeci a Deus por saber que ele não implicaria com o fato de eu sair da fila, porque o calor estava matando e eu não queria voltar pro final daquele caracol de gente dentro do banco, mesmo com o ar condicionado funcionando muito bem. Quando finalmente retornei, preenchi o papel apoiando na mão mesmo, tamanha a pressa, escuto alguém falando atrás de mim, quase no meu ouvido:

- Não lembra mais de mim?

Tomei um susto daqueles, e olhei rápido prá trás. Vi um homem muito alto, meio descabelado (também, às 2 e meia da tarde, num calor infernal, difícil estar bem), meio acima do peso, um sorriso de lado, um jeito de quem já foi o gato há alguns anos. Passou-se aquele tempo como nos filmes, um segundo que dura dez, quando a gente vasculha a memória toda, sabem? Respondi:

- Deixa eu tentar me lembrar, não fique chateado, sou ruim com nomes, datas, pééééssima fisionomista. E olhei de novo pro mancebo. E o danado sorrindo. Vi na camisa que ele vestia: "Ramalho Locação de Vans". Cara, como em filmes mesmo. Voltei 10 anos no tempo e lembrei:

- Você é o filho do Dr. Honório Ramalho, o pediatra! E é sobrinho de Dr. Ismail, o ortopedista (ótimas as referências, ahahaha, só lembrava do pessoal da área, mas Ismail foi meu médico desde os 6 meses de vida). Marco Antônio? Marco Aurélio?

- Marcus Vinícius! A gente se conheceu no Vital (micareta que aconteceu até os idos de 2004 ou 2005 em Vitória). Lembra?

- Claro, lembro sim.

Putaquepariu! Há 10 anos atrás conheci aquela figura na praia de Camburi, no meio da loucura do Vital, ele de camisa do Vasco e eu de camisa do Flamengo, um zoando o outro, eu bebendo cerveja numa mamadeira lilás - não riam! -  até que o óbvio aconteceu: rolaram uns beijos, e a coisa acabou se encompridando por uns dois ou três meses. Mas já tinha tanto tempo, custei mesmo prá lembrar.

- Como você está? Você continua morando em Jardim da Penha?

- Sim.

- Formou-se em Enfermagem mesmo?

-Sim. E você fazia Comunicação Social na época, não?

- Fazia, mas não trabalho ná área. Abri minha empresa de locação de vans e estou nessa há algum tempo. Trabalha aonde?

- Serra Dourada, mas estive fora por 6 anos, no interior.

Aí vem a pergunta clássica:

- Está casada?

- Não, separada. E sou mãe de um menino lindo de 4 aninhos e 9 meses. E você? (no final das contas eu até entrei no jogo)

- Separado tambem, tenho uma menina de 2 anos. Você tem namorado? Caramba, o ataque já tinha sido literalmente pelas costas, precisava ser tão incisivo? Mas tá bom, vamos lá...

- Não, estou sozinha.

- Lembra que a gente paquerou um tempo?

Sorri sem graça e respondi que sim. Putz, a gente teve uns momentos beeeem calientes...

Chega minha hora de usar o caixa.

- Me espera quando você terminar? Quero anotar seu telefone.

- Claro, espero sim.

Na saída do banco, a van escolar dele parada ao lado do meu carro. Ele correu, pegou papel e caneta (cadê o mágico aparelho de celular?) e anotou meu telefone.

- Desculpa, mas eu também não consigo lembrar seu nome direito, é difícil, vou acabar falando errado.

- Loredana, Marcus.

- Posso te ligar?

- Sim, pode.

- Então tá bom. Te ligo no fim de semana. Foi bom te rever, sabia?

- Igualmente. Preciso ir, tenho que pagar umas contas, sabe como é fila de banco...

- É, eu também tenho que ir.

Abri a porta do carro e o sujeito me toca o braço: "deixa eu te dar um beijo" e me dá três beijos es-ta-la-dos nas bochechas.

- Até, Lô.

Entrei no carro rindo da coisa toda de o mundo dar tantas voltas até as pessoas se encontrarem de novo. Dei uma buzinadinha e rachei no trecho. Cheguei em casa e contei prá minha mãe, que soltou um daqueles muitos comentários que só as mães sabem fazer  - e eu vou acabar sendo assim um dia também, se Deus me permitir:

-É... De tanto rolar, até as pedras se encontram, né?

Que mundo pequeno esse nosso... Que pérola.

*****

Só uma coisa: como diram as meninas do HTP, observe os sinais. Porque anotar num papel à parte, não gravar no celular? Hoje em dia até criança de 4, 5 anos tem aparelho! Sei lá, a pulguinha fica me cutucando atrás da orelha. Papel até pode ser encontrado no bolso da calça, ou no painel da van, mas pode ser telefone de cliente, já que nessa época do ano a gente já começa a acertar transporte escolar para os filhos, pois se não garantir agora, no começo das aulas é quase impossível. Já na agenda do celular... Ah, esse mundo tá tão louco, a gente desconfia de tudo e de todos. Mas vamos ver, neam?

Tá escrito?

Parece que está! Na minha testa!!! Que Cachinhos não leia (e não deve ler mesmo), mas dia desses fiquei com um outro carinha... Fofucho, estudante de Direito. Quando caio na besteira de perguntar a idade da figura, que parecia super jovem (mania boba essa também, né?) ouço a resposta: 20! Cara, deve estar escrito mesmo...

O que é isso, minha gente?!

Eis que noticiam que fecharam mais uma casa de prostituição em Vitória. E no meu bairro!!! Falaram que haviam 3 rapazes fazendo programas homossexuais, um deles sendo menor (17 anos), que teria mentido sobre a idade prá poder trabalhar, já travestido, com voz feminina, dando entrevista de costas, cabelão loiro-Carla Perez. Mas quando mostraram "a dona" do apê, me fugiu o ar: Era a Loren, um traveco que vive aqui desde a fundação do bairro (que fez 40 anos semana passada), desde a época em que travesti era perseguido igual a judeu no holocausto.

Aqui em casa quase caímos prá trás. A Loren sempre teve um jeitão peculiar, mas sempre foi extremamente respeitadora com todos no bairro. Sempre nos cumprimentou com sorriso, sempre afagou a cabeça do Italo desde bebezinho. Tipo assim, não nos sentimos desrespeitados, e sempre soubemos que ela nunca foi 'moça' comportada, mas aliciadora de menores? Que ela recebesse gente na casa dela, tudo bem, a gente só dá o que é nosso e não é crime. Mas ficamos deveras surpresos.

Uma curiosidade: Como me chamo Loredana, do meu nome derivam inúmeros apelidos, mas nunca deixie que me chamasse de 'Loren', justamente por causa dela.

A Fonte

Como minha lindíssima amiga Mila disse uma vez, Cachinhos é minha fonte da juventude (rsrs). Pois é, e também é uma inesgotável fonte de pérolas. Uma conchinha produtora de jóias!

Eis que o bonito me liga terça-feira chamando prá sair. Tá, fui jogar a sinuca que meu cérebro teima em não assimilar bem - sei lá se é só falta de treino, mas acho que matei a aulinha de coordenação motora no maternal - e tomar umas geladas. Achei muuuito estranho, porque a peça vive sem grana, né? Segue o diálogo-pérola:

- Lore, quer sair hj?

- Ué, vamos. Quer ir aonde?

- Vamos no Bola da Vez (barzinho com um moooonte de mesas de sinuca, muito bom)

- Tá, vamos sim

Tempo depois, indo para o bar, andando pelas ruas do indefectível bairro de Jardim da Penha...

- Vendi meu telefone, Lore.

- Cara, aquele modernérrimo, chique prá caramba, lindão?

- Sim.

- Mas porque, cara?

- Já não estava muito bom mesmo, e tava precisando de grana, então vendi. Peguei esse baratinho (mostra o telefone comum, desses bem simples mesmo)

- Cara, só porque tava sem grana? Não dava prá esperar um pouco?

Daí vem a primeira jóia:

- Ah, mas com esse eu falo com você do mesmo jeito.

- Aham, claro!

Chegamos ao bendito bar. Ele faz questão de comprar um mooonte de fichas prá sinuca e pagar de cara umas 6 cervejas, prá gente ir pedindo enquanto eu levava uma lição básica dele no jogo (o danado joga de costas, de olhos fechados...). Falo:

- Não é melhor a gente rachar a conta?

- Não, hoje eu pago.

- Então tá (resolvi dar um descanso pro meu bolso também, neam?). Penso e falo baixinho:

- A gente podia então um dia desses ir prá um lugar mais reservado, só a gente, sem correr o risco de seus colegas abrirem a porta dos respectivos quartos e darem de cara com  a gente fazendo você-sabe-o-quê no sofá da sala, que aliás, vamos combinar, é o 'o' de tão duro e desconfortável. Levamos umas garrafas de prosecco (que nessa época chega a ser vendido por R$10,00!!!) e nos divertimos. Você paga o táxi e eu pago o resto, tá?

- Ah, Lore, sabe... Isso é tão caro...

Putaquepariu!!!

- Falei o táxi, figura!!! Gente, a droga do motel ficava a uns R$ 15,00 de distância (gostaram da nova medida de distância?). Ah, quer saber? Deixa prá lá. Talvez você nem esteja afim e eu tô aqui achando que tô abafando...

- Mas você abafa, Lore. Só que lá em casa com a emoção do risco de ser pego, é mais excitante.

MEREÇO???