sábado, 22 de outubro de 2011

Cópia barata (Borbô, desculpe!!!)



Quando eu me apaixono é bem vulgar. Comum. Quando me apaixono o coração desanda a bater rápido e fora de ritmo e, por vezes, há a completa certeza que parou. Quando me apaixono as idéias se desordenam e as palavras se esquecem de fazer lógica. Quando me apaixono quedo a mirar o objeto amado de forma insistente e detalhada, como se fosse possível memorizar meneios e detalhes. E o corpo? Turvam-se olhos, arde pele, esquenta tudo, tudo amolece e se umidifica. Quando me apaixono é intenso e definitivo, os verbos se conjugam todos no imperativo e não há advérbios de intensidade suficientes pra completar as frases que se dispersam. Quando me apaixono nunca estou onde poderia ser querida e é na ausência de mim que sei tanto o que é desejado. Quando me apaixono fico sábia e desato a dizer: não há felicidade, não há felicidade, não há felicidade. Mas há vontades, eu sei. Quando eu me apaixono é da forma mais comum, de querer muito sem saber ao certo o quê. Quando eu me apaixono é quando sei: humanidade. Sou mais uma, quando me apaixono.

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Copiei isso do Borboletas nos Olhos . Por quê? Porque quando li, me vi. Me enxerguei de verdade. Porque estava lendo outra coisa, que remeteu a esta, o blog da Lu é uma viagem incrível. Porque  fazendo com que as pessoas vejam como isto me retrata eu sinto ainda menos vergonha que já tenho de ser como sou, de mergulhar de cabeça no lago raso. Da entrega completa. Sempre me orgulhei de ser 8 ou 80 na vida, não porque acho que seja certo ser assim, mas porque o sou e não me incomodo com isso. Mas no campo do amor causei má impressão. Foda-se.

Conheçam a boa alma que completa, no próximo dia 27, inacreditáveis 35 anos de puro radicalismo irracional.

Certa vez pensei comigo: "teimosia é o lado irracional da persistência". Que seja. Não tô de passagem, mas não tenho a menor obrigação - e o menor tesão - de agradar seu ninguém. Então me deixa. Se vier discutir, vou teimar com você.

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Acabo de chegar do PS com meu pai. O velho resolveu passar mal, e haja visto os dois infartos e AVC isquêmico do ano passado, tratei de correr, porque, vai que... 
Está tudo bem, foi só um mal estar.

Agora me resta matar as duas Brahmas no congelador, queimar o caretinha sagrado e tocar a vida.

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Boa noite!!

Um comentário:

  1. baby, fico tão contente de saber-me parecida com alguém linda e intensa como você. E, putz, sou mega teimosa, viu.

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abriram a concha: