Mue querido Pai esteve internado desde terça passada, por causa de um abcesso na mão dieita, que infeccionou, teve que ser drenado. Pois bem, ficou lá, tomando antibióticos EV dias e dias, sem melhora nenhuma.
Sábado foi o único dia em que pude ficar com ele o tempo todo. Durante o curativo, percebi que a cicatrização estava prejudicada. Perguntei o que usavam, descobri ser Neomicina, uma pomada que já caiu em desuso por ser um meio de cultura para bactérias diversas. Fui treinada várias vezes para tratamento de feridas, e sabia que aquilo não estava certo.
Na hora da visita da médica - que era uma substituta, já que a profissional que o acompanhava viajou - eu perguntei se não seria bom mudar a medicação do curativo, e também debridar o tecido desvitalizado. Qual não foi minha surpresa quando a médica subiu nas tamancas e falou que eu não tinha que dar 'pitaco' em nada, que ela conhecia muito bem a escola científica da Europa e EUA, e que eu estava muito enganada. Falei que tinha sido treinada recentemente no município onde trabalho, e ela chamou o lugar de buraco! O município mais rico do Estado! Foi grosseira, me mandou calar a boca (!!!)
Eu que não tenho sangue de barata, parti prá discussão mesmo. Bom, a coisa ficou feia até que ela saiu do quarto e me deixou atônita, com o pai nervoso, pressão alta e tudo. Jurei que não ia deixar por menos.
Hoje meu pai pediu alta. Pediu prá sair mesmo. Cara o hospital era tão bom que ele é diabético e só fizeram a glicemia dele duas vezes esse tempo todo, além de eu descobrir que nem constava no prontuário dele a condição. A sorte é que eu instruí meus irmãos que o acompanhavam a sempre observar o soro que era instalado prá não correr o risco de um soro glicosado ser aplicado.
Resumindo a ópera: o velho voltou prá casa, vamos cuidar dele aqui, levarei a médicos que conheço. Na saída pedi cópia do prontuário, e fui chamada pelo diretor clínico do hospital prá explicar o por quê da minha solicitação. Contei toda a história, o sujeito fez cara de chocado, disse que não podia opinar sobre a conduta da colega, mas fez um comentário tudo a ver: 'não adianta a pessoa ter estudo se não apara as ferraduras'. Pediu mil desculpas e disse que ia apurar o caso.
Prá ser sincera, acho pouco provável que dê em algo. Mas gostei de ter colocado prá fora. Porque gente, vamos combinar: as coisas às vezes vão mal porque a gente deixa, não reclama, não fala nada. Então eu falei. E aconselho a todos fazer o mesmo. São os nossos, oras! Temos nossos direitos.
Não tenho o símbolo da Enfermagem tatuado no braço à toa. Amo que faço, e faço bem feito, modéstia à parte. O mínimo que peço é que os outros colegas da área façam o mesmo.
A saúde anda doente de arrogância...
Absurdo, Lô. Também xingo muito médico, tipo a vaca que me auscultou mascando chiclete como um ruminante. Hunf. Vai cuspir esta merda e faça seu trabalho direito, bitch!
ResponderExcluirPorra, mascando chiclete??? Ela ouviu o próprio dente mascando, então!!!
ResponderExcluirMila, reclama!