Li agora há pouco uma reportagem sobre um analfabeto que passou num concurso em Ribeirão, Pernambuco, em 44º lugar, num total de 70 vagas. O humilde senhor só conseguia assinar o próprio nome e identificar as letras 'a', 'b', 'c' e 'd'. Foi marcando aleatoriamente e acertou 21 das 30 questões!
O MP disse que não vai fazer nada contra o senhor, pois não houve crime, mas que ele não assumirá o cargo por não possuir escolaridade comprovada.
Tá, fiquei pensando um monte de coisas...
Uma que, putz, não existe meio matemático de se evitar que marcações aleatórias aprovem quem não se esforçou prá passar?
Outra: qualquer um pode fazer prova e depois apresentar documento falso.
Também fiquei com pena do senhorzinho, tadinho. Ele não fez por mal. Ele só queria uma chance melhor na vida, tão suada, prá ver se saía da eterna pindaíba que acomete tantos zilhões de brasileiros. Não teve chances quando jovem.
Sei lá, só pelo esforço dele, pela coragem de tentar no peito e na raça, juro que oferecia uma bolsa de estudos prá ele. Dá prá ver que ele quer melhorar, quer crescer. Tanta gente que não quer nada com a hora do Brasil tá aí, ocupando lugar de quem quer trabalhar de verdade, né?
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