sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sua inveja faz o meu sucesso!

Depois de ontem, quando acabei até pedindo colo, acho que as coisas vão melhorar.
Lembram do colírio diet? Pois é, preciso mesmo.
A tal colega de trabalho que citei no referido post se empererecou de vez e resolveu que ia me puxar o tapete. Fez um inferno no posto de saúde por causa de um erro de agendamento de outro funcionário e como o encaminhamento foi feito por mim, jogou meu nome na lama da chuvinha fina que caía. Minha chefe até me chamou prá perguntar o que tinha acontecido, porque logo eu tinha cometido tal falha.
Quando eu fui tirar satisfação com ela, comecei com um diálogo amigável. Perguntei o que realmente tinha acontecido. Prá quê? A sujeita veio doida babando pro meu lado. Apontou o dedo, disse que se não bastassem todos os problemas normais do trabalho, ela tinha que lidar com meus constantes erros. Que aquilo era muito frequente. Oi? Perguntei se era tão frequente, quem teria falsificado minha assinatura e meu carimbo (que é personalizado, tem o desenho da lâmpada que eu trago tatuada no braço) nos livros de agendamento. E a cínica: "ué, vai saber, né...". E ainda disse que meu rendimento era baixo!
Perguntei se meu rendimento foi baixo prá ela quando eu cheguei no seminário semana passada uma hora antes (7:ooh) do início quando ela chegou duas horas e meia depois. Ou se foi quando eu fiz todas as atividades propostas sozinha enquanto ela comprava bijux barata na lojinha do hotel. Ou se foi quando eu recebi proposta prá apresentar os fluxos de trabalho criados por mim ao secretário estadual de saúde, pelo bom desempenho demonstrado. O bicho pegou! O bate boca foi longo, mas nem vou detalhar tudo, senão já viu, né?
Bom, depois da discussão, cheguei em casa tendo um chilique. Jurei que ia pedir minha transferência. Mas, conversando com Mamis - e as mães sempre são muuuuito sábias - cheguei a brilhante conclusão que eu não tenho que pedir arrego bosta nenhuma!
Porra! Tô há dois anos ralando naquela unidade longe prá kct, acordando de madrugada, trabalhando aos sábados, até grana minha eu investi em uma ou outra coisinha. Daí me chega uma criatura há 10 meses e bota banca me apontando o dedo? Vem me dizer que "meus método de trabalho nunca falha, você devia fazer assim". Prá pqp, minha cara!! Quem não admite que falha tá fadado ao insucesso. Antes dela eu já tava lá cumprindo meu papel direitinho.
Bom, o fato é que hoje fui conversar com a Chefa. Chefa é ótima, mais nova que eu uns 3 anos, cervejeira assumida também, e moramos na mesma rua. Pois Cehfa não gostou nadinha da hístória. Disse que chamaria a serpente colega sei-lá-o-quê prá conversamos as três, mas eu pedi que não. Que me deixasse no meu cantinho, que eu só queria acabar com o estresse. Ela me parabenizou pelo meu trabalho, e me tranquilizou. Tá, acabei por não pedir transferência nenhuma.
Só que o desgaste de ontem foi tanto que bati na cama e dormi feito pedra, mas não descansei. O resultado foi uma crise de enxaqueca tão forte que só melhorou depois da segunda dose de medicação endovenosa!Fiquei de repouso até conseguir me levantar prá voltar prá casa, dirigindo (ui, peligro!). E agora cá estou sem, sem dor, mas zaramba, digitando no quarto escuro.
Só que eu caio mas me levanto. Daí, espírito de porco escorpiana que sou, me vinguei! Sim!!! Eu me vinguei dela! Embora o Ju tenha me falado uma frase que eu adorei ("Lô, não esquenta, pessoas pequenas se consomem sozinhas"), eu não esperei e inoculei meu veneno.
Todos os meus funcionários vieram ao consultório onde eu estava repousando e me perguntavam o que tinha acontecido. Não me fiz de rogada, e com a mais pura cara de pobre vítima respondi: "Estresse, gente. Imaginam vocês, depois de dois anos batalhando, tanto esforço, ouvir de um colega que você está atrapalhando o trabalho, que você só erra... Puxa, me desculpem se eu errei, mas sou humana!" E mais outras coisinhas. Rá, todo mundo ficou putinhodavida com a sujeita.
Eu não sou barata cascuda, não tenho que ouvir calada os outros me difamando. E eu também não mastigar e entregar tudo pronto prá seu ninguém sair contando vantagem.
Quem quiser me condenar, que me condene. Mas eu ainda prefiro a máxima "Não me inveje, trabalhe".
Pronto, cuspi, digo, falei!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Será? Não sei não...

Hoje no jornal A Tribuna saiu uma reportagem: "Homens nem aí para gordurinha feminina". Segundo a reportagem, uma pesquisa do Instituto Qualibest, de São Paulo, que ouviu 300 homens (parece nome de filme) em 12 capitais brasileiras, 41% dos ragazzos não se importam com o fato de a parceira estar acima do peso e outros 12%  afirmaram que as gordurinhas só atrapalham se ela estiver incomodada com isso.
Segundo a psicanalista e doutora em Filosofia Cláudia Murta, "Elas se preocupam com o corpo por causa das outras mulheres ou por causa de outro homem, aquele que a vê na rua. No sexo, os corpos se unem e os quilos a mais realmente não interferem no ato."
Tá. Também acho que não tem nada a ver. Eu estou numa luta danada prá perder um pouco de peso, e é claro que não estou só preocupada com minha saúde. Quero sim ficar mais bonita, e uma perda de peso vai me trazer isso. Meu caráter não está marcado no número da etiqueta do manequim, e é isso que realmente importa, mas quer saber? Duvideodó!
O clima e o parceiro, o tesão ou afeto são mais importantes. Eu mantenho minha cuca fresquinha, me garanto na cama (ligando o modestômetro...) e ai de quem vier doido babando com piadinha sobre minha barriguinha macia pro meu lado.
Mas não sei não... Ainda preciso ser convencida.

Para meu amigo Ju

Hoje minha mãe fez pão caseiro! E tava fofinho! E eu bem que comi uma fatia com manteiguinha derretida por cima!
E foi feito exatamente daquele jeitinho que te expliquei!

No ritmo da copa!!!

Sei lá, deve ser efeito colateral do remédio prá emagrecer, mas estou com um desarranjo (ui!) daqueles há 3 dias. Nos dois primeiros, tava tudo verde, agora amarelou. Sei lá se o troço tá madurando ou se tá contaminado com o Spiritodecopa viridae.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Absurdo

Dou graças a Deus por poder levar e buscar meu filho da escola de carro. Fico estarrecida com alguns motoristas dessas vans escolares. Hoje mesmo levei uma fechada de um deles e por pouco não subo na calçada, com meu filho no carro! E não é de hoje que vejo essas imprudências.
Tomara que eu nunca precise recorrer a essa gente maluca. A necessidade obriga as pessoas a confiarem em gente sem merecimento/preparo nenhum.

domingo, 23 de maio de 2010

Sai, peste!!!

Sei lá o que foi que aconteceu, mas eu bloqueei o Professor no msn e a peste continua aqui. Hoje, puxa conversa:

- Vc resolveu me abandonar de vez
- Me deixa quieta no meu canto, Professor
- Nossa, além de sumida vc tá mal educada?
- Não, mal educado é você, e cara de pau também. Já sei o que você vai falar, então estou pedidno prá você me deixar quieta no meu canto. Além disso, da última vez você me ofendeu, não tenho a menor vontade de falar contigo
- Só quero saber se vc está bem
- Estou ótima
- Como foi seu fim de semana?
- Trabalhando

Segue-se tempo sem mensagens

- Ei, então vc não quer mesmo nada comigo? (gente, juro, o cara deve ter algum distúrbio)
- Lógico que não!! Não sou boneca inflável, meu caro! Você não disse que mulher que é mãe não serve prá relacionamento, recorda? Olha, vou te falar de boa: nunca quis ter nada com você, mas quando vi sua resposta ficou claro prá mim o que eu significava prá você: um par de pernas com um buraco no meio.
- Você não me entendeu. Eu disse que eu não queria me relacionar sério.
- Presta atenção: se não quer nada sério então não tenha nada comigo. Companhias como a sua não me fazem bem. E sei o valor que tenho, e não vou perder meu tempo com você. Tenho objetivos na vida, não estou aqui a passeio e minha adolescência já ficou prá trás há muito tempo.

Outro período sem respostas
-Ok, entendo...
- Que bom que você me entendeu direitinho. Tenha uma boa tarde.

Bloqueei de novo. Espero que agora funcione.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Colírio diet, por favor!!!

Cara, eu detesto gente olho gordo. Detesto mesmo.
Terça e quarta eu estive em um hotel num balneário lindo ao norte de Vitória (Nova Almeida) num seminário de experiências exitosas em vigilância nutricional. Lá cada unidade de saúde deveria apresentar sua experiência bem-sucedida e propostas de trabalho.
Lá fui eu, junto com a outra enfermeira que trabalhao comigo. Fiz meu trabalho todo sozinha, porque a bonita falou que não queria fazer, que não gostava de fazer, que odiava apresentar trabalho, que não tinha perfil prá isso, blábláblá.
Apresentei, fui elogiadíssima, a coordenadora fez questão de dizer para todo mundo que os programas funcionam bem na minha unidade de saúde porque EUZINHA aqui organizei tudo, puxou salva de palmas, essas coisas (dá licença, eu sou competente e não vou ficar de onda). De quebra, ganhei R$50,00 como gratificação.
Tá, quando viu o destaque, a bonita já se balançou na cadeira. Depois veio me soltando gracinhas: "quero 10%, também trabalho lá". Fingi que não ouvi, levei na boa, deixei prá lá.
Hoje no serviço, eu e minha grande boca, comentei que um dos médicos que trabalha conosco como clínico geral foi meu professor de genética no cursinho, e eu sabia que ele era homeopata. Daí falei que tinha a idéia de fazer um trabalho conjunto com ele e o programa de saúde do idoso. Ela disparou:"Claro! Daí a gente depois faz um trabalho e aparesenta ano que vem no seminário! Todo mundo vai aplaudir! (essa foi de doer!)". E não bastasse, sumiu da sala. Quando eu fui até outro setor conversar com os funcionários, não peguei a peça rara lá falando minha idéia? Todo mundo: "Puxa Lô, a fulana teve uma idéia ótima..." Cortei ali mesmo: "Ah, você veio contar prá eles o que eu falei com você lá na nossa sala? Puxa, obrigada por adiantar prá mim!"
Ah, vá à merda, cara!!! Puxa vida, fiquei aborrecidíssima! Já me decidi: vou trabalhar sozinha, porque na hora de pensar ou de agir, ela nunca quer, diz que sempre foi de hospital, que eu tenho mais perfil. Mas quando viu o destaque, o olho cresceu. Sai fora, uruca!!

******

Daí não bastasse isso, estou eu no ponto de ônibus quando uma mãe chegou com um menininho de uns 2 aninhos vomitando. Falei prá ela ir até a unidade e falar com a outra enfermeira chefe, prá ela tentar ajudar. ela disse: "Já fui lá, mas a enfermeira disse que não tem pediatra à tarde, prá eu ir pro PA Infantil". Perguntei porque o bebê vomitava: "Ele tomou desinfetante". "Você não falou isso prá enfermeira??" Falei, mas ela me mandou ir pro PA mesmo assim."
Gente, putaquepariu! Mulher seca, insensível! Solteirona sem filhos, dá nisso! Porra, liga pro TOXCEN, a mãe tinha a embalagem do produto. Pede ao serviço de remoção pelo menos uma van prá levar a mãe e a criança, que chegava a estar pálida! Tava um sol que Deus manda, meio-dia e tanto, e a pobre mulher sacolejando num ônibus lotado com o filhinho intoxicado.
Pedi muito perdão a Deus por não ter voltado prá unidade junto com aquela senhora e ajudado. Me arrependo muito mesmo. Eu sou mãe também, me coloquei no lugar dela.
Estou muito decepcionada com a colega. Muito mesmo. Tem anos e anos de formada, já trabalhou muito como técnica em enfermagem, não entendi a postura dela.
Ou sou eu que estou exagerando?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

Apesar de estar passando mal prá caramba, rouca de tosse e morta de dor de cabeça, fui ao curso de classificação de risco segundo o Protocolo de Manchester. Muito fera o negócio!!!
Qualquer aspecto da minha profissão me atrai, mas a classificação é muito legal. Agiliza o trabalho, evita atendimentos erroneamente priorizados e garante a todos uma assistência coerente com seu problema. Sempre fui louca prá fazer isso.
Daí, claro, viciada em filmes que sou, imediatamente me lembrei de "Pearl Harbour". Na cena depois do bombardeio dos japoneses, a enfermeira protagonista, que não estava de plantão, corre com algumas amigas ao hospital e começa a loucura prá atender os feridos que não param de chegar. No desespero prá tentar priorizar este ou aquele, ela marca a testa dos pacientes com batom vermelho.
De lá prá cá se passaram pouco mais de 60 anos e olha onde estamos!
Me chamem de maluca, mas era um sábado de sol lindão, céu de brigadeiro, eu estava mal, não tinha obrigação nenhuma de estar lá, mas voltei prá casa super satisfeita.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ai-ai

E aí que uma figura bisbilhota meu orkut. Claro, fucei de volta, né? De cara, no perfil da peça rara:

O que mais gosto em mim: honestidade, simplicidade
Coisas que me atraem: demonstrações públicas de afeto, blábláblá, riqueza material.

Nem acabei de ler...
Ficando doentinha, querendo mesmo um colinho prá deitar a cabeça e descansar sem estresse... Crise alégica à vista.
Mas o pulso ainda pulsa.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mulher é Tudo Boba

Lendo o post da Desaventurada sobre o que ela diz e o que o 'ex-digníssimo' dela interpreta, comentei brincando que devíamos criar o blog MTB.
Fala sério, a gente não é tudo besta bobona às vezes?
Eu sou mestra prá isso. Até hoje dou bandeira prá quem não tá nem aí. Mando mensaginha mesmo, 'oi, você anda sumido', e por aí vai... E é claro que não seguro o sorrisinho quando respondem. Ai-ai, vida...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dia do Enfermeiro

Hoje se comemora mundialmente do dia do enfermeiro. A data é também o aniversário de Florence Nightingale, a precursora da Enfermagem Moderna.
Prá comemorar, temos pouco. Ainda existem preconceitos em relação à nossa profissão, ainda existem diferenças salariais revoltantes, ainda não temos leis que nos amparam/regulamentam como deveriam.
No entanto, eu tenho uma celebração pessoal: minha paixão pelo que faço. Adoro ser enfermeira, e o gosto vai desde coisas simples, como usar o branco ou achar charmoso falar 'sou enfermeira' até o máximo de tatuar o símbolo da profissão no braço esquerdo. Escolhi certo o que fazer na vida. Não me importa o quanto tanta gente fale, levo sempre comigo a certeza da nobreza da classe. Problemas relativos à profissão ou a profissionais existem em todas as formações, então não me incomodo com pouca coisa.
Só quem é da área sabe o que é ir prá casa dormir satisfeita depois de ver uma pessoa mal receber seus cuidados e ir embora sã pro conforto de sua casa. A sensação de ir acompanhando um paciente mal até sua recuperação é incrível!!!
Hoje, amanhã, quando for, quem estiver lendo essa mensagem, que lembre-se sempre de, ao ter contato com um profissional enfermeiro, cumprimentá-lo com respeito e saber que ele também ajudou a salvar uma vida, ele também trabalhou arduamente fazendo seu melhor prá garantir o direito à saúde que todo ser humano tem.
FELIZ DIA DO ENFERMEIRO!!!

domingo, 9 de maio de 2010

Miss Brasil

Acho uma coisa... Li sobre o concurso da Miss Brasil 2010 e vi que a Miss ES foi eleita pelo público para estar entre as 15 selecionadas. Ou seja, gostaram da moça, Franciene Paves, linda. Mas daí que nem entre as 10 ela ficou. Por fim, elegeram a Miss MG. Tá, ignoram a gente com força, nós sempre ficamos prá trás, no que quer que seja nesse país. Só que nessa eles deram um tiro no pé. A moça é bonita também. E é capixaba também! Como diria a Desaventurada, tu-dum-pá!

Sobre o dia de hoje

Qquando eu descobri que estava grávida, o céu despencou na minha cabeça. Sim, porque eu nunca tinha feito planos de ter filhos na minha vida. Porque eu nunca gostei de crianças, nunca mesmo. Quando visitava minhas amigas que tinham parido, não chegava perto demais, nunca pegava no colo. As crianças parecem saber quem gosta delas, porque elas também nunca se aproximaram muito de mim., ao contrário de minha irmã, que tem ímã prá pirralhos, e acabou virando professora. Ironicamente, ela engravidou em 2008 e sofreu um aborto espontâneo - e o céu despencou na cabeça dela também!
Eu sempre fui egoísta demais. Sempre pensei em mim demais. Então, quando me vi grávida, só imaginava que era injustiça logo eu, que queria ver tantos lugares, visitar tantos países, fazer tanta coisa, ficar presa em casa por causa de um bebê.
Mas era curioso... Ao mesmo tempo eu olhava a barriga todos os dias prá ver se tinha crescido. Não importava se o corpo ia ficar uma lenha - e ficou mesmo, hihihi - eu ficava numa curiosidade danada prá saber como EU ia ficar.
Nos nove meses de gestação tive o período mais auto-confiante da minha vida. Eu não sabia de onde via, mas achava a sensação o maior barato. Não era modesta, gostava de receber os elogios (nunca consegui discernir quem estava sendo sincero, dane-se) e vivia de nariz empinado.
Uma coisa legal foi quando vi o sexo do bebê, porque, embora nunca tivesse planejado dar cria, sempre comentei que se me acontecesse, não queria ter uma menina, porque acho meninas sem graça, delicadinhas demais.
No dia do parto, um 24 de fevereiro quente prá caramba, sol de rachar, passei um dia super bacana, fui prá maternidade à tarde e tudo ia bem até a hora em que a auxiliar veio me buscar prá ir para o centro cirúrgico. Minha amiga Dentista, lindona, estava comigo para fotografar o parto, e percebeu minha preocupação. Conversou comigo, mas ela achava que eu estava com medo da cirurgia em si. Nada disso.
Quando veio o primeiro choro, não vou ser hipócrita: chorei junto de pavor. Na minha cabeça só me vinha um pensamento: e agora? Olhava o menino, gordinho e cor-de-rosa, e matutava o que eu ia fazer com aquela criatura que eu, definitivamente, não tinha escolhido ter.
O tempo foi passando. Adorava amamentar, prá começo de assunto. O danadinho ficava com a outra mãozinha encostada no meu peito e de vez em quando abria os olhinhos e me encarava. Achava um barato. Nunca fui exibida, mas se ele pedisse peito enquanto estávamos na rua, tudo bem. Nunca ninguém me condenou por isso, e se falasse alguma coisa, juro que mandava ir passear naqueles lugares liiiindos prá onde a gente manda todo mundo de quem a gente não gosta. Mas no geral as pessoas elogiavam, achavam bonito uma mãe alimentando o filho com o próprio corpo, e eu achava superlegal.
Hoje eu ainda me pego pensando em como seria minha vida sem Filhote. Onde eu estaria, o que estaria fazendo, com quem estaria, essas coisas. Algumas eu consigo vislumbrar, outras simplesmente não me vem à cabeça. Em cinco anos eu aprendi e aprendo um monte de coisas novas, que renovaram meus conceitos e prioridades.
Gosto da alegria dele quando chego prá buscá-lo na escola, dos beijos de manhã cedinho aos sábados, dos olhinhos brilhando ao ganhar um simples chocolate, das descobertas e até das travessuras. Ainda me irrito, nunca fui paciente com crianças, às vezes perco as estribeiras muito fácil. Mas a gente vai se adaptando.
Maternindade é uma condição permanente. E é legal. Mães tem o direito de se sentar no meio do chão da seção de brinquedos das Lojas Americanas, de falar com voz infantil, de pedir na loja da vivo que me dêem um bonequinho daqueles da decoração da vitrine, só porque "ele adorou e não pára de apontar" e ganhar.
Enquanto tanta gente se descabela prá ser amado por alguém, eu não passo por esse drama. Eu não tenho que emagrecer prá ser mais admirada. Eu sequer tenho que provar para as  pessoas que sou muito capaz de algo. Normalmente recebo o título de 'toda poderosa e toda boa' todo dia. É para poucos...
Não tenho esse dom de abdicar da minha vida toda em função de filho, então realizo diariamente a ginástica de dedicar tempo ao Filhote e a mim. Busco sempre prover meu coração daquele carinho diferente que ele não pode me dar, gosto de estar com os amigos fazendo o que sempre fiz, saindo, bebendo, curtindo. Sei lá se é mais difícil viver assim, mas eu vou levando. No fim das contas, tudo se ajeita e vai dando certo.
Hoje não sei mais se foi um 'acidente', mas eu sou mãe. Sou a concha, e produzi uma pérola incrível. Se  nada acontece por acaso, vou sair do meu camarote e atuar no espetáculo que a vida me destinou. Se eu for apenas mediana, já vai estar bom. Afinal, me mandaram um parceiro e tanto de cena...

Explicando

Prá quem estiver curioso, o título do post anterior estava escrito na camisa do Juliano, colega cantor e é o nome de um trabalho (clipe) de outro artista local, Gustavo Macaco. Eu achei muito legal.
Assistam: gustavomacaco.com.br. Vão gostar!

A Sorte de Ter a Bússola Sem Norte

Post na madrugada sempre foi um vício.. Agora então, sem perturbar o dono do quarto onde fica o pc, melhor ainda.
Amiga passou aqui em casa e me arrastou prá rua. Mas sabe quando você não tá no pique? Pois é, foi meu caso.
Encontramos Pianista lá, bêbado e sozinho. Depois de um tempo me aparece a agora noiva do cara, dopada por comprimidos para dormir e o arrasta prá casa, um escorando o outro. Um passo prá frente, dois prá trás. Muito esquisito.
Eu e amiga esperávamos encontrar uns amigos depois de um show, mas não encontramos ninguém. Então entramos num desânimo total, fomos a uma temakeria, nos empaturramos de salmão e pegamos o táxi prá casa. Noite muuuuito sem graça.
Obs.: O post foi escrito de madrugada, mas enviado agora porque o sono era tanto que eu tava cochilando em cima do note.

sábado, 8 de maio de 2010

sexta-feira, 7 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ces't la vie!

Daí que minha nova seguidora, Karine, tem um exercício que A-D-O-R-E-I no blog dela. Então farei também!

Cinco coisas que adoro na minha aparência:
1. cabelo preto brilhante e lindo
2.pequenos e expressivos olhos negros
3. pequeno nariz empinadinho (mas porque nasci assim, não porque faço tipo)
4. pele morena
5. lábios grossos
extra: voz gravíssima - mas isso não é da aparência exatamente.

Cinco coisas legais na minha personalidade:
1. gênio fortíssimo (escorpiana, né?)
2. lealdade
3. auto-estima (só abalada na época de TPM)
4. bom humor
5 musicalidade

Cinco amigas(os) a quem indico fazer o mesmo:

1. Mila
2. Junião
3. Kath
4. Aba
5. Amiga


Tentem! É bom observar o que temos de legal. Às vezes acabamos deixando passar isso ou aquilo no dia a dia, esquecemos de valorizar o que temos de bom.

Adorei!!!

Dia das Mamas

Me dei de presente um netbook!!! Yes!!! Tava querendo um há tempos, e não há época melhor para compras do que essas datas especiais.
Agora tô portátil!!!
Hihihihihihihihihiiii!!!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Suco de Clorofila?

Ser Enfermeira numa unidade regional de saúde é bravo. Atendemos a sete bairros com uma estrutura que não dá prá atender nem um. E prá completar, o colega da tarde foi transferido, e minha companheira passou para o turno vespertino, me deixando sozinha com a maior parte da demanda de trabalho, que é de manhã.
Povo querendo atendimento tem classificação. Tem os compreensivos, que sabem que o SUS é doente crônico e tentam entender o nosso lado; tem os irritados, que não podem esperar nem cinco minutos prá gente atender, nem quando estou chegando à unidade e nem vesti meu jaleco ainda; tem os grossos, que destratam a gente quando deviam enxergar nossa impotência diante da limitação de recursos. E tem os cara-de-pau, como dois que topei hoje.
O primeiro: consegui me levantar da cadeira às 9:15h, com a bexiga explodindo. Saí do banheiro prá outra funcionária também se aliviar enquanto podia e estava na frente da pia fechando o zíper da calça quando me entra um sujeito com cara de sonso: "A enfermeira chefe tá ai? Ei, quero falar com você!" Cara, respondi na lata: "Moço aqui é o banheiro, e é de mulher! Minha sala fica do outro lado, e tem uma placa escrito 'ENFERMAGEM'". Mereço?
O segundo foi um pai que chegou bem na hora em que eu estava almoçando com o filho que estava com um arranhão de cachorro na bunda. Quando foi avisando que eu estava comendo, lá da copa eu escutei a pérola: "E ela come?"
Não, tomo suco de clorofila e faço fotossíntese!!!
Tenha dó!