domingo, 3 de abril de 2011

Amor à Distância

  Hoje assisti ao filme, com Drew, que é uma gracinha e com o fofíssimo do Justin Long. Aliás, adoro o sorriso dele.
Momento mulherzinha: a cena em que ele resolve fazer um bronzeamento artificial nu - ai que eu adoro um homem magrinho, mas definidinho, ui, uma delícia! - e a cena em que ele termina com ela por achar que não daria certo. A lágrima silenciosa me comoveu, por ter sido lindo e porque homem chorando me derrete. Ainda mais daquele jeito.

Mas sabe o quê? A coisa toda do filme me transportou a uma época da minha vida que eu nem remexo mais, e também nem sei dizer o porque.Me lembrou o quanto eu gosto de coisas longíquas.
Tenho amigos de longe. E são sempre os melhores. Não engato amizade fácil com ninguém, mas é especialmente curioso como me dou bem com quem é de longe. Fiz amizades quando fui a São Paulo há quase dois anos que nunca perderam força. Tem gente que conhço há mais tempo, mora na mnha rua, e eu mal sorrio de manhã...

Também tive amores de longe. O primeiro, o que mais me amou, ficava na Holanda. Vinha da terra dos moinhos a cada 40 dias - e olha que no filme eles se viam a cada 3 meses - prá me ver. Mas eu, num momento que descrevo em outra pescaria, não o quis.
O segundo, de Vitória, veio a mim quando eu deixava a cidade prá trabalhar, recém-formada. A distância era pequena, cerca de 180km, mas me matava. Foi o pivô do fim do primeiro relacionamento. Eu lutei muito prá manter o lance, e foram dois anos e quatro meses de uma história cujo gosto e perfumes nunca me abandonaram.
O terceiro... Ah, o terceiro é anterior aos outros! Porque está fora de ordem então?
Porque o terceiro não existiu no mesmo molde dos outros dois. O terceiro está lá. Ele não aconteceu, ele não acontece. Ele simplesmente existe. Ele não tem a saudade gostosa  e diferente dos Países Baixos, nem o romantismo do outro.
O terceiro tem minha admiração, tem um carinho permanente. Ele transcendeu os limites da minha paixão escorpiana e vermelha, ele me tem aqui; ele me mantém de lá.
É a (não)relação mais incômoda e confortante que tenho notícia.
Escrevi num blog da Borboletinha, sobre um post "Amo-te": essa é a nossa sentença. Amo-te é nosso. É como me expresso, como consigo falar que meu tesão fica sob controle, porque tanto faz se posso ou não sentir o frescor da pele dele. Eu sei qual é o toque dela, sei do gosto, do cheiro.
É assim que falo que adoro seu jeito, suas idéias, seu comportamento e seus pontos de vista. É como eu explico que me delicio com nossas semelhanças.
E tudo isso à distância...
As personalidades são incrivelmente parecidas. Eu sou a impulsiva Erin, desbocada, beberrona, carinhosa, ansiosa. Ele é como Garret, pé no chão, ponderado, mas que não deixa de curtir a vida.
Mas no meu filme as distâncias, que nem são tão grandes, não são encurtadas. Porque não se trata de semelhanças. Não se trata do fogo instantâneo quando do encontro.
Se trata de sintonia. E eu e o distante terceiro amor operamos em frequencias completamente diferentes.

Sem problemas. Ora, vejam, sem problemas! Sim, porque eu gosto de curtir a expectativa de um novo encontro. Eu curto saber notícias e imaginar isso ou aquilo. Eu me satisfaço com o que usualmente chamaria de muito pouco.
Está bom assim!

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