segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Homens

Tava aqui divagando sobre os homens... Pensando em como a gente sempre quer ter a companhia deles mas como isso é complicado pacas.
Eu estou sozinha há 7 anos. Isso, claro, causa um desconforto tremendo. Não tenho com quem conversar, com quem ir ao cinema - sim, às vezes só quero companhia mesmo - enfim, não tenho com quem compartilhar momentos da minha vida.
Quando tive meu filho, minha mãe me falou: você nunca mais estará sozinha. Concordo em parte. De fato, eu tenho uma boa razão prá tocar a vida, prá achar tudo mais divertido, mais gostoso. Tenho amor incondicional. Mas eu acho que me falta algo. Tem alguma coisa que meu filho não supre, por mais que o afeto dele seja o mais importante na minha vida.
O lance todo é que eu não entendo qual é a desses caras. Eu não sei quais são os valores que de fato norteiam as escolhas deles. Não é de educação de dentro de caso que falo, é daquilo que parece seer parte da natureza masculina.
Vejam só: em setembro de 2008 eu estava num bar puta da vida porque tinha levado um bolo de um cara. Tava tomando um chopp por conta do meu amigo barman quando uma pessoa me aborda: ei, eu conheço você! Era o Pianista. Sim, nos conhecíamos de vista, mas nunca tínhamos conversado. Papo vai, papo vem, ganhei uma carona prá casa e uns beijinhos. Houve uma identificação imediata, mas o cara saiu fora depois de ter chorado no ombro da minha amiga por 'não se achar o cara ideal prá mim, embora estivesse encantado comigo'.
Eu não gostei da forma como ele saiu do lance, sem conversar, faltando aos compromissos que tinha marcado comigo, iniciando um outro namoro sem me comunicar.
Toquei minha vida, saí, conheci gente, e nessas voltas que o mundo dá, me reencontrei com ele. Dessa vez, com diálogos, com ponderações de como seria legal uma nova tentativa, mas com mais maturidade.
Daí passo pela desagradabilíssima situação de sexta à noite. Como sempre fui uma escorpiana muitíssimo típica, me preparei prá sair: banho de brilho no cabelo, esfoliação no corpo e rosto, banho de óleo aromático. Mantive minha depilação bem feitinha, e usei uma super lingerie pretinha liiiiinda.
E daí o cara, prá começar, não vem me buscar. Começaram a tocar tarde, só tinham duas horas e meia prá tocar, não teria intervalo, então ele mandou um colega vir me buscar. Tá, não gostei, mas era pouca coisa. Cheguei lá, dei beijinho, dei abraço, esperei a sequencia de música acabar. Ele se levantou, me deu um beijo e antes que eu pudesse falar qualquer coisa, disse que ia ao banheiro. Na volta, parou em uma mesa com uns caras e ficou o que seria tempo suficiente de um intervalo - e aí eu teria sido buscada em casa por quem de fato deveria.
Não falou mais comigo. Voltou a tocar. Quando finalmente acabaram o show, ele novamente falou comigo rapidamente, e saiu descaradamente prá ir fumar um baseado com os colegas. Eu detesto drogas, sempre falei. Mas ainda assim, fiquei na minha. Pedi que não usasse demais, prá gente curtir a noite juntos depois. Mas ele demorou tempo duficiente prá ter fumado um quilo daquela merda.
E já estava num grau danado. Já tinha tomado tanta cerveja que tava de rosto rosado. Quando finalmente voltou, estava alteradíssimo. Se irritou comgo porque joguei fora a guimba do meu cigarro que ele não fuma, porque é aromatizado com cereja. Disse que ia sair de novo 'com os caras' porque tinha tempo que ele não dava um 'teco'. É, pois é, ele ia cheirar cocaína. E foi, apesar dos meus apelos.
Deixou sobre a calçada o surdo, caixa de som, cabos e microfones caros. Não voltou, e eu fui prá outro lugar com meu irmão e Amiga, e tive que voltar sozinha prá casa.
Eu não sei o que lhe aconteceu. ele não ligou mais. Mas hoje soube por Mogrelo que eles assistiram ao jogo do Fluminense ontem juntos.
Fiquei me lembrando de um monte de coisas que ele falou, de como queria fazer tudo diferente desta vez, de como não queria errar. De como admtiu as falhas da outra vez, e da forma como pediu desculpas...
E fiquei, claro, me perguntando o que foi que eu fiz de errado. Ou o que há de errado em mim.
E também me perguntei o que há com ele. O que há com todos os homens.
Eu não consigo entender.
Bom, eu fiquei chateada sim. Fiquei triste pacas. eu quero que algo de bom me aconteça. não perdi meu otimismo de início do ano, nem meu amor. Mas me entristeci por não ter conseguido fazer dar certo. às vezes me canso, sabe? Às vezes me encho de tanto tentar. Eu não sei o que vai ser, não sei o que vai acontecer, mas eu vou demorar prá tentar de novo. Preciso de repouso agora.

3 comentários:

  1. Sério... você acha mesmo que o que o Pianista tem de errado é "com os homens"? O cara é um aventureiro, mas você ainda tem esperança. E quanto mais você fuçar, mais merda vai dar. Ou seja, se ficar se metendo com esse tipo, já sabe que fim vai levar.
    Outra coisa: supondo que ele firmasse contigo. Você gostaria mesmo que um cara que usa drogas ficasse perto do seu filho? Sério mesmo?

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  2. Hehehe, Marcelito, te acho foda não é à toa...

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abriram a concha: