sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pérolas Soltas

Meu irmão bateu com o carro da família anteontem. Graças a Deus, o prejuízo foi só material.

Bom, ontem tive que fazer compras prá casa, e usei o sistema de entregas do supermercado pela primeira vez.

Vejam bem: o serviço custa R$5,98. O que se espera dele, ao se pagar uma grana boa prá se levar uma compra a um endereço que fica cerca de 300 metros de distância do estabelecimento?

Se for tempo curto de entrega, podem esquecer. Fiz a compra às 16h, e ela só chegou às 20:30h;

Se for cuidado com os produtos pelos quais você pagou caro, desistam. Os itens resfriados/congelados não foram mantidos sob refrigeração, e chegaram pingando água lá em casa.

Olha, meu sangue ferveu. Telefonei, reclamei e exigi que tudo fosse trocado. Queriam que eu esperasse até hoje de manhã!

Ah, me poupe! Recuso-me a fazer parte da cultura do deixa prá lá. Briguei, exigi e esperei até 22:20h, mas tive tudo trocadinho. É muito desaforo!

Ontem  no jornal uma frase da Zélia Cardoso de Melo, dizendo que brasileiro é bonzinho e tem memória curta, pois ninguém a hostiliza quando se lembra do confisco fdp que ela inventou de fazer, deixando muita gente sem um tostão furado e cometendo até suicídio.

Pois é! Nós somos bonzinhos. Somos desmemoriados. Somos conformados.

Ah, comigo não! Eu acordo às 4:45h da manhã todo santo dia prá poder ir trabalhar, num pentelho do cu do mundo – eu nunca escondi que não morro de amores por lá – recebo ameaças de agressão física, e sou agredida verbalmente todo dia. Claro que os superiores nunca reconhecem o esforço, o salário está prá lá de defasado, e eu tenho que “deixar prá lá”? Não deixo não! O gerente do mercado ficou tão maluco comigo que por fim falou que “nem que fosse no carro dele” ele trocava a mercadoria. Até pensei em agradecer depois, pensei que ele tinha sido muito solícito, mas quer saber? Me atender muito bem, fazer sua parte e me dar o que eu paguei caro prá ter não é competência. É cumprimento da sua obrigação.

Eu não aceito não! Não mais!

5 comentários:

  1. Eu não aceito não! Não mais! [2 membros]

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  2. Cara, eu penso o seguinte: se dão a porra da opção de fazer as compras on line ou de vc mesma ir ao mercado e eles entregando tudo em casa, tem que fazê-lo de maneira correta, certo? se não têm a competência, não conseguem organizar-se e assumir responsabilidades, não deveriam assumir esse tipo de compromisso. Eu me estresso também e você tá mais do que certa!

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  3. A cultura brasileira realmente tem memória curta e é um tanto acomodada mesmo. Poedmos reparar isso quando observamos o tanto de pessoas que vivem em situações inaceitáveis e não fazem nada para mudar. Não vão a luta!

    Quando digo ir a luta não me refiro unicamente a reclamar e impor seus direitos, mas também a fazer sua parte. Ir atrás de uma vida melhor, lutar para mudar o que não gosta, trabalhar afim de alterar o quadro atual de vida.

    Adorei seu blog e o final do texto.

    Eu não aceito não! Não mais! [3]

    Eu tolero até certo ponto. Não sou de reclamar de tudo. Meu pai adora reclamar e brigar com todos. Ele não deixa nada barato e eu achava que poderiamos deixar algumas coisas pra lá. Procuro sempre perguntar se vale a pena ir atrás disso e então, decido o que irei fazer. Por exemplo, na mesma situação que você eu não suportaria ficar quieta. Imagina só o prejuizo! Porém, se eu comprasse uma caixa com uma dúzia de ovos e um ovo tivesse quebrado, não falaria nada. O preço de um ovo não paga o desgaste de ir atrás de um novo.

    Então, adorei seu blog e retornarei com frequencia. Abraços!
    Thai

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  4. Thai, querida, eu sempre fui bicho manso. Nunca reclamei, sempre 'deixei porá lá'. Não sei se é a idade, mas eu mudei de uns tempos prá cá. Não tolero mais ser abusada, em aspecto nenhum!
    Seja muitíssimo bem vinda. Eu lanço minhas pérolas ao sabor dos acontecimentos. Eu não crio porcos!

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  5. Você sempre lava minha alma, Dona Lô. :)

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abriram a concha: