Oi, ando sumida do blog. Mas estou com visitas - uma amigona das antigas, do tempo de adolescente, que mudou prá Rio das Ostras, chegou a Vitória e passa os dias aqui em casa com filha de 6 aninhos. Filhote de férias, que tempo eu tenho? Rsrsrsrsrs, nenhum, né?
Acabei de ler o post revoltado da Karine, sobre a falta de respeito das colegas de república dela, daí lembrei o que me aconteceu ontem voltando prá casa depois do trabalho.
Pego ônibus no terminal, a maioria das vezes consigo vir sentada. Daí no terminal seguinte o ônibus enche um pouco mais, quem entra via de regra viaja em pé.
Eis que me entrou uma gestante nos seus 6 meses de gravidez. Do meu lado, um funcionário da empresa de ônibus, que viaja de graça. Devia ter uns 40 anos. No banco da frente, de frente prá mim, um senhor de uns 50 anos, alto, via-se que era saudável.
A moça entrou, ficou de pé ao meu lado. Lancei meu olhar 43 pros dois, que não se manifestaram. Putaquepariu, cara!!! Levantei e falei prá menina:
- Senta aqui, meu anjo, que eu já andei de ônibus grávida e sei que cansa. Quem é mãe é que sabe, né?
Ninguém vai saber a carinha de alívio que ela fez. Na verdade, eu andei de ônibus uma vez só na gravidez, porque naquela época eu ainda tinha carro. Mas sei que as pernas cansam com a gravidez avançada.
Sei lá se a cara queimou na hora, mas o funcionário da empresa se levantou 5 segundos depois de mim. Daí eu voltei a me sentar.
Porra, gente! Não tem mais cavalheirismo, não tem mais respeito, não tem mais nada! A moçada anda um bando de brucutus, mas os mais velhos ainda tinham um comportamento mais cordial. Parece que até eles estão se esquecendo...
Eu me esforço prá ensinar Filhote que as amiguinhas na escola tem que passar na frente na hora de entrar na sala de aula, que elas tem preferência na fila do bebedouro... Daí eu vejo dois marmajos de cabelo branco na cabeça agindo desse jeito. Dá vontade de gritar: teve mãe não, porra?!