Olha, vou falar muito sério, deve ter uma uruca brava prá cima de mim.
Onte, pouco antes do jogo, liguei meu note de bobeira, enquanto minha mãe arrumava as coisas prá gente ir prá casa da minha irmão, cujo marido estaria trabalhando. Não queríammos que ela ficasse vendo jogo sozinha. Daí o Mexicano me entra no msn. Falei pouco, disse que tava de saída e ele: "puxa, achei que você fosse me convidar prá assistir o jogo com você..."
Ui! Convidei, mas ele disse que ficaria sem graça de ir pra casa da Irmã, que ele não conhecia. Tá. Passado o jogo, eu cheguei em casa recebo um torpedo: "agora você pode sair?". Respondi que sim e ele foi me esperar na praça aqui perto de casa. Cheguei o muchacho foi dando aquele abraço gostoso, aconchegante. Me deu o braço e fomos assim, de braços dados, até um posto de gasolina, o único lugar que não cobrava um absurdo prá gente sentar à mesa. Papo vai, papo vem, ele comprou um maço de cigarros e comprou o cigarro que eu eventualmente fumo (sim, quando bebo me dá vontade de fumar e eu fumo, pronto!). Cavalheiro, puxou cadeira, fez aquele mise en cène todo. Papo rolou gostoso, com aquela coisa de tocar as mãos, aquela proximidade o tempo todo. Um amigo dele chegou, conversou, ele fez galanteios e o amigo sorriu como quem diz: "aí tem".
Só que gente que rala tem que acordar cedo na segunda, então viemos cedo prá casa, andando de braços dados, feito casalzinho. chegamos no portão do meu prédio:
- Mexicano, brigadão pela companhia. Adorei o bate papo.
- Eu também, menina (ele me derrete quando me chama assim, e sabe disso)
- Bom, então...
Um segundo que dura uma hora de silêncio...
- Boa noite Lô. Ganho um abraço meio tímido e um beijo estalado na bochecha.
- Boa noite, Mexicano.
Como diria Priscila, putaquipa!!! Contando prá Irmã, ela se acabou de rir. "Ah, que fofo, Lô, ele tava com 'vergoinha'". Tá, tava mesmo com cara de sem graça. E eu é que não ia avançar no rapazote, né?
Quando começamos a ficar, Mexicano era um maluquinho que andava com violão debaixo do braço e uma garrafa de vodka na outra mão. Ele é mais novo que eu uns seis ou sete anos (tá, sou uma papa-anjo confesssa e assumidassa). A gente pirava o cabeção de bobeira. Agora Mexicano entrou na faculdade, tá lá cheio de sonhos e objetivos, vai morar sozinho, está amadurecendo. Uma das etapas desse processo de crescimento dele foi parar de beber. Prá manter a lucidez, diz ele. Embora ele diga que não conhece minha irmã, ela e a irmã caçula dele eram muito amigas na escola, da mesma turma, então minha mana sabe sim quem é ele. E ela falou rasgado: "Lô, não é boiolagem, nem sacanagem contigo. Mexicano sempre foi caladão, na dele. Bebida dá coragem, né? Lembra quando vocês piravam o cabeção pelo bairro? Pois é, bêbado tem cara prá fazer muita coisa, mas sóbrio é diferente. Esquenta não."
Não tô encanada, só que é osso sair na expectativa e ficar na mão... Rsrsrsrs. Enfim, a companhia realmente valeu à pena. e vamos levando a vida, quem sabe o que espera a gente lá na frente?
Boa noite!
Pois é Lô, esquenta a cabeça não, uma hora ele perde a timidez... relaxa!
ResponderExcluirQuando for assim, chama o muchacho na xinxa, dá um chega pra cá, meu nego nele!!!! hehehe
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